terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Fenômeno Bullying II


O portador dessa síndrome possui necessidade de dominar, de subjugar e de impor sua autoridade sobre outrem, mediante coação; necessidade de aceitação e de pertencimento a um grupo; de auto-afirmação, de chamar a atenção para si. Possui ainda, a inabilidade de expressar seus sentimentos mais íntimos, de se colocar no lugar do outro e de perceber suas dores e sentimentos.

Esta Síndrome apresenta rica sintomatologia: irritabilidade, agressividade, impulsividade, intolerância, tensão, explosões emocionais, raiva reprimida, depressão, stress, sintomas psicossomáticos, alteração do humor, pensamentos suicidas. É oriunda do modelo educativo predominante introjetado pela criança na primeira infância. Sendo repetidamente exposta a estímulos agressivos, aversivos ao seu psiquismo, a criança os introjeta inconscientemente ao seu repertório comportamental e transforma-se posteriormente em uma dinâmica psíquica “mandante” de suas ações e reações. Dessa forma, se tornará predisposta a reproduzir a agressividade sofrida ou a reprimi-la, comprometendo, assim, seu processo de desenvolvimento social.

As conseqüências para as “vítimas” desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na auto-estima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.

Para os “agressores”, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta. Para os “espectadores”, que é a maioria dos alunos, estes podem sentir insegurança, ansiedade, medo e estresse, comprometendo o seu processo socioeducacional.

Fonte: http://www.psicologia.org.br/

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O FENÔMENO BULLYING I

Na atualidade, um dos temas que vem despertando cada vez mais, o interesse de profissionais das áreas de educação e saúde, em todo o mundo, é sem dúvida, o do bullying escolar. Termo encontrado na literatura psicológica anglo-saxônica, que conceitua os comportamentos agressivos e anti-sociais, em estudos sobre o problema da violência escolar.
Sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente como “um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”. Insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying.
Estudiosos do comportamento bullying entre escolares identificam e classificam assim os tipos de papéis sociais desempenhados pelos seus protagonistas: “vítima típica”, como aquele que serve de bode expiatório para um grupo; “vítima provocadora”, como aquele que provoca determinadas reações contra as quais não possui habilidades para lidar; “vítima agressora”, como aquele que reproduz os maus-tratos sofridos; “agressor”, aquele que vitimiza os mais fracos; “espectador”, aquele que presencia os maus-tratos, porém não o sofre diretamente e nem o pratica, mas que se expõe e reage inconscientemente a sua estimulação psicossocial.
Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminado largamente nos últimos anos e que só recentemente vem sendo estudado em nosso país. Em todo o mundo, as taxas de prevalência de bullying, revelam que entre 5% a 35% dos alunos estão envolvidos no fenômeno. No Brasil, através de pesquisas que realizamos, inicialmente no interior do estado de São Paulo, em estabelecimentos de ensino públicos e privados, com um universo de 1.761 alunos, comprovamos que 49% dos alunos estavam envolvidos no fenômeno. Desses, 22% figuravam como “vítimas”; 15% como “agressores” e 12% como “vítimas-agressoras”.

Fonte: http://www.psicologia.org.br/

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sábado, 25 de dezembro de 2010

Adolescentes negros sim e brancos também


 
 
 
 
 
 
 
 
A lei n. 10.639/2003 torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira na educação básica e foi regulamentada por meio da Resolução n. 1, de 17 de junho de 2004, do Conselho Nacional de Educação, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Mas, ainda não temos uma cultura participativa, devemos sacudir a mesmice e confrontar as diversidades, isso traz diversos problemas na comunidade, mas se posicionada de maneira que se possa garantir que essas diversidades se estabeleçam de forma positiva, podemos crer que haverá grande avanço na cultura dessa comunidade, pois compreende-se que o conhecimento deve ser sempre construído e reconstruído. Sobretudo, coletivamente, valorizando os saberes e experiências individuais.
Com certeza se essa pratica for estabelecida teremos muito a ganhar em riqueza de cultura nas nossas crianças e adolescentes negros, estimulando auto estima através do resgate dessa cultura, mas devemos sempre lembrar que cultura da população negra não se resume somente escravagismo.
Lembrando que o ganho não será somente da população negra, pois no Brasil, em particular, existe uma integração de diferentes raças e etnias.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vítimas de violência

Recomendação do CNJ para depoimento especial colabora para a punição dos agressores

Prender o autor de violência sexual infantojuvenil é até hoje muito raro no Brasil, devido à dificuldade de obtenção de provas. Esse cenário deve começar a mudar com a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que os tribunais de todo o país adotem sistemas apropriados para colher o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência nos processos judiciais. A proposta aceita por unanimidade foi apresentada em 9 de novembro de 2010, pela Conselheira Morgana Richa na 116ª Sessão do CNJ. “Estatísticas revelam que a responsabilização do agressor tem grau de incidência maior com o depoimento especial, porque a técnica a ambientação são apropriadas, além de ser um procedimento mais cuidadoso na efetividade da prova”, afirma Morgana. Conheça a recomendação
O depoimento especial é uma forma de ouvir a criança de forma digna e num ambiente menos intimidatório. Deve ser realizado em uma sala adaptada com sistema de áudio e vídeo, brinquedos, livros, lápis e canetas coloridos para que a vítima ou a testemunha de violência sexual possa se sentir mais acolhida e segura, em um ambiente mais confortável, para contar a sua história. “Quando o depoimento é realizado nos mesmos moldes de um adulto, leva ao constrangimento, a criança rememora os fatos de uma tragédia violenta. Essa forma de escuta acolhedora traz a humanização no processo, tratando a criança na sua condição”, diz Morgana. Nos locais onde ainda não é realizado o depoimento especial, a vítima normalmente é obrigada a reviver o seu drama até oito vezes durante o processo judicial.
Na sala especial, há a presença de um técnico e uma equipe multidisciplinar para colher as declarações, enquanto juízes, promotores e advogados assistem ao depoimento de outra sala. O psicólogo ou outro profissional capacitado não substituirá a autoridade do juiz, mas funcionará como facilitador da coleta de provas. Existem casos especiais em que os próprios juízes fazem as perguntas, segundo Morgana. O profissional será facilitador da conversa com a criança para que o resultado seja o mais fiel possível.
Ao ouvir a criança, os profissionais também devem estar preparados para dar apoio, orientação e, encaminhar o menor para assistência psicológica, quando necessário. Como foi gravado, o procedimento colabora para que a criança não seja exposta várias vezes para contar a mesma história. “Assim se evita a revitimização e também que a criança passe por trauma ainda maior, com mais sequelas e outros desgastes desnecessários”, conclui a Conselheira.
O primeiro estado brasileiro a adotar o depoimento especial foi o Rio Grande do Sul, em 2003. A recomendação do CNJ tem o objetivo também de unificar a prática do depoimento especial, hoje realizada por alguns tribunais de São Paulo, Distrito Federal, Maranhão, Pernambuco e Espírito Santo. O procedimento pode ainda ser novidade no Brasil, mas já é amplamente adotado em países estrangeiros como: Inglaterra, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Canadá, Chile, Costa Rica e França. “No processo-crime é muito importante a produção de prova, por isso, o depoimento acolhedor é visto como um avanço, ao utilizar recursos tecnológicos de ponta, além da capacitação do profissional intermediador que torna a matéria mais ampla e tratada em profundidade interdisciplinar”, ressalta Morgana. Por enquanto, trata-se de uma recomendação do CNJ, os juízes que não quiserem não serão obrigados a utilizar este procedimento. “A expectativa, no entanto, é muito positiva de que em breve o texto se torne lei e a prática seja obrigatória”, comemora a Conselheira

Vamos divulgar para que realmente se torne Lei, apesar que está prática de um depoimento especial que eu chamo de humanizado, principalmente no caso de crianças e adolescentes vitimas de violência deveria ser adotada já, sem necessidade de espera.

Fonte: http://www.promenino.org.br/
          http://www.cnj.jus.br/


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domingo, 19 de dezembro de 2010

Adolescência e Puberdade

De todas as reflexões e estudos sobre infância e adolescência, se alguma coisa pode ser mais ou menos consensual é que, crescentemente, as crianças estão mais sozinhas ou mais na convivência com seus pares da rua do que no seio de suas famílias. O pai, a mãe, ou qualquer outra figura de ligação familiar está se tornando rarefeita.
Embora dentro de sua casa, mas distante do convívio doméstico e familiar, o adolescente ou a criança está solitariamente assistindo à tevê, na internet ou está fora de casa, em bandos perambulando pelas ruas, nos shoppings, nos lugares de lazer.
Por outro lado, parece razoável atenuar o peso atribuído à hegemonia da televisão, tendo em mente a redução das oportunidades de convivência e brincadeiras ao ar livre. Isso porque os espaços livres das ruas, antes utilizados pelas crianças e adolescentes para brincadeiras, já não estão mais disponíveis, estão intensamente habitados por carros, prédios, marginais, ladrões. A rua perdeu seu lugar de expressão coletiva dos jogos e das brincadeiras.
Há muitas tentativas de se definir adolescência, embora nem todas as sociedades possuam este conceito. Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas diferentes idades para definir este período. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente define esta fase como característica dos 13 aos 18 anos de idade.
A puberdade tem um aspecto biológico e universal, caracterizada que é pelas modificações visíveis, como por exemplo, o crescimento de pêlos pubianos, auxiliares ou torácicos, o aumento da massa corporal, desenvolvimento das mamas, evolução do pênis, menstruação, etc. Estas mudanças físicas costumam caracterizar a puberdade, que neste caso seria um ato biológico ou da natureza.
Crianças e adolescentes já não são mais os mesmos. Eles participam avidamente do mundo dos adultos e se transformam nos novos convidados da realidade orgástica do consumo e dos prazeres.
As crianças, tendo nascido no seio de uma família e considerados como "pertencendo" a esta família, encontram-se, paradoxalmente, cada vez mais solitários e à mercê de seus pares da rua, da escola e do apelo cultural para que se tornem, rapidamente, adultos esbeltos, ricos, formosos, na moda e plenamente sexualizados
Atualmente temos visto, cada vez mais precocemente, crianças que assumem o papel social de adolescentes e estes, por sua vez, cada vez mais precocemente, assumem o papel social de adultos. E dando asas à imaginação, parece, salvo melhor juízo, que essa adolescência precoce tem arrastado consigo a puberdade precoce, principalmente a feminina, com meninas de 9-10 anos menstruando e desenvolvendo seios.
Assim sendo, já não podemos explicar a adolescência apenas como sendo fruto da interferência do biológico humano (puberdade) no papel social da pessoa mas, muito pelo contrário, vamos acabar tendo que explicar a puberdade precoce de nossas crianças como sendo a interferência do panorama social no biológico humano.
Se vamos acreditar na interferência do social no biológico, na ação da adolescência sobre a puberdade, seremos obrigados a aceitar a interferência do comportamento dos adultos em relação aos adolescentes e à puberdade.
A dúvida, aberta a pesquisas, é saber até que ponto a expectativa e entusiasmo da mãe em ver sua filha se transformando em apresentadora ou astro de televisão, ser modelo ou vencedora de concursos de beleza resultarão numa puberdade precoce. A dúvida, também, é saber se essa amputação da adolescência normal não resultará em prejuízos vivenciais maiores do que os benefícios advindos da pretendida glória da filha no mundo dos adultos, sabe-se lá para satisfazer quais anseios maternos.


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sábado, 18 de dezembro de 2010

Por uma Infância Sem Racismo



Vamos compartilhar esta idéia

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UNICEF lança campanha Infância sem Racismo

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou a campanha Por uma Infância sem Racismo, que faz parte da celebração dos 60 anos de sua atuação no Brasil. De acordo com o blog da campanha “O UNICEF tem como missão colaborar com os governos dos países para que assegurem direitos iguais para cada criança e cada adolescente e considera que promover a equidade racial é de extrema importância para o desenvolvimento social e econômico das nações”.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2009, 54,5% das crianças brasileiras são negras ou indígenas. Dentre as 26 milhões de crianças que vivem em famílias pobres no País, 17 milhões são negras. Na educação, a desigualdade continua: das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, 330 mil são negras e 190 mil são brancas. Esses e outros números estão expostos na seção Estatísticas do blog http://www.infanciasemracismo.org.br/
O blog também lista dez formas de contribuir para uma infância sem racismo, entre elas: educar as crianças para o respeito à diferença, não classificar o outro pela cor da pele, mostrar que as diferenças são boas, proporcionar a convivência de crianças de diferentes raças e denunciar casos de racismo.
Os internautas também podem participar da campanha, relatando sua própria luta contra a discriminação racial. O relato será publicado no blog Por uma Infância sem Racismo e divulgado por meio do perfil do UNICEF no Twitter.
Em 2009, a Fundação Telefônica premiou, no Concurso Causos do ECA, uma bonita história sobre uma menina negra que denuncia a professora por discriminação. Escrito por Talitha de Melo e Silva Barbosa, de João Pessoa, na Paraíba, o causo mostra a diferença que fez a educação dada pela mãe, que desde muito cedo ensinou aos filhos os seus direitos. Para ler a história: http://www.promenino.org.br/
Toni Morrison, escritora norte-americana – a primeira mulher negra a vencer o Prêmio Nobel –, escreveu a história fictícia de Pecola, uma menina negra dos anos 1940 que sofria preconceito até mesmo de outras crianças negras, por ser a mais escura. Todas as noites, a menina rezava para ter olhos azuis. O livro, O Olho mais Azul, foi lançado no Brasil pela Companhia das Letras.
http://www.viablog.org.br/unicef-lanca-campanha-infancia-sem-racismo/

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Política de Atendimento

O artigo 86 do ECA assim define a política de atendimento:

“A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”
Esta política se desdobra em quatro grandes linhas de ação, conforme o artigo 87. Linhas estas que – segundo nosso entendimento – podem ser assim representadas:




A implementação dos programas e ações em cada uma dessas quatro linhas de ação da política de atendimento é regida por um conjunto de seis diretrizes básicas, contidas no artigo 88 do ECA:
Podemos visualizar nessas seis diretrizes os princípios reitores da política de atendimento do ECA:
Princípio da Descentralização: municipalização do atendimento;
Princípio da Participação: criação de Conselhos;
Princípio da Focalização: criação e manutenção de programas específicos;
Princípio da Sustentação: manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais;
Princípio da Integração Operacional: atuação convergente e intercomplementar dos órgãos do Judiciário, Ministério Público, Segurança Pública e Assistência Social no atendimento ao adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional;
Princípio da Mobilização: desenvolvimento de estratégias de comunicação, visando a participação dos diversos segmentos da sociedade na promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil.
A Política de Atendimento, enquanto conjunto articulado de ações, pode ser vista de forma topográfica, dividida em quatro linhas de ação, que configuram quatro campos básicos de atenção à criança e ao adolescente: políticas sociais básicas, assistência social, proteção especial e garantia de direitos.
Esses quatro grandes territórios são regidos pelas diretrizes da política de atendimento, que nos dão os princípios estruturadores do sistema de proteção integral dos direitos da criança e do adolescente;
As medidas de proteção e sócio-educativas – nesse contexto – são as decisões dos conselhos tutelares e dos juízes da infância e da juventude aplicadas às crianças e adolescentes violados ou ameaçados de violação em seus direitos e aos adolescentes em conflito com a lei em razão do cometimento de ato infracional. Em ambos os casos, os programas e ações a serem desenvolvidos são programas e ações estruturados no marco da proteção especial.
Para terem execução eficaz, as medidas de proteção e as medidas sócio-educativas requerem sistemas de atendimento estruturados para sua correta aplicação. Esses sistemas de atendimento devem ser constituídos por redes locais de entidades de atendimento, cuja função é prover retaguarda para os Conselhos Tutelares e a Justiça da Infância e da Juventude.
As entidades de atendimento se distinguem umas das outras e, ao mesmo tempo, se integram à rede local pelo tipo ou tipos de regimes de atendimento por ela praticado(s) na implementação das medidas protetivas ou das medidas sócio-educativas estabelecidas no ECA. O regime de atendimento é, portanto, o elemento caracterizador da natureza de uma entidade de atendimento. Assim sendo, o regime de atendimento torna-se o critério básico da organização da estrutura e do funcionamento de uma unidade de atendimento, ou seja, o seu regimento, o conjunto de normas que preside sua estruturação e o seu funcionamento no dia-a-dia.


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Destinação de fundos para CMDCAs

Este refere-se ao Fundo Estadual, mas todos devem procurar em seus municípios, para destinarem aos Fundos Muncipais

Investir no futuro não custa nada, e digo mais É LUCRO.

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PROJETO DE VIDA

O fortalecimento da identificação pessoal e cultural é um processo que envolve a construção do ser, o conhecer-se a si mesmo, o resgate de sua história de vida familiar e comunitária, assim como de suas raízes culturais e étnicas, o reconhecimento do outro, e a reflexão sobre seus valores pessoais. É também um processo que se dá em rede, nas interações pessoais no dialogo e nos conflitos. Há um momento, nesse processo, em que o adolescente se descobre autor de sua própria vida; começa a olhar para frente e perguntar-se como garantir um futuro melhor. Em outros termos, o jovem começa a pensar no que tem sido chamado de “projeto de vida”.
Pode-se afirmar que o projeto de vida nasce das interações entre o fortalecimento da identidade pessoal e da auto-estima, a consciência da responsabilidade pessoal para com a conquista de melhorias, e o vislumbre de oportunidades ou perspectivas de futuro. São dois planos imbricados e interdependentes: o mundo interno do adolescente, e as interações com o contexto de vida, incluindo as pessoas significativas que fazem parte de seu universo pessoal. É, inquestionavelmente, uma construção pessoal e única. Por outro lado, tudo o que este adolescente pensa, sabe, sente, sonha e faz é profundamente marcado por sua malha de relações e por suas condições sociais, econômicas e culturais.

Fonte: Ministério da Saúde – Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde.

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Participação Juvenil

Adolescentes e jovens têm o desejo de ser escutados e a necessidade de serem reconhecidos em suas capacidades.
Considerados enquanto sujeitos plenos de direito, eles precisam ser vistos de modo concreto como cidadãos, capazes de posicionamento nos diversos níveis do cotidiano em que estão imersos. Um grande número de pessoas jovens tem ideal de transformar a sociedade em algo mais humano e justo, mas não tem idéia de como concretizá-la, nem recebe qualquer incentivo nesse sentido. O conceito de participação juvenil busca uma forma de ajudar adolescentes e jovens a construírem a sua autonomia, através de geração de espaços e situações propiciadoras da sua participação criativa, construtiva e solidaria na solução de problemas reais seja na escola, na comunidade e na vida social mais ampla.
Favorecer a participação juvenil é uma estratégia eficaz de promoção da saúde. Seus benefícios são vários. Primeiro, porque contribui para a auto-estima do adolescente e do jovem, a sua assertividade e a formulação de um projeto de vida. Esses aprendizados constituem-se em elementos-chave de qualquer estratégia de prevenção à violência, bem como ao abuso de drogas e na prevenção às DST/AIDS, nessa faixa etária.

Fonte: Ministério da Saúde - Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, 2010.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

Atenção Integral à Saúde de Adolescentes

O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA trouxe o enfoque de proteção integral para as crianças e os adolescentes que, sem distinção de raça, cor ou classe social, são reconhecidos como sujeitos de direitos. O artigo 11 do ECA, reformulado pelo Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assegura o atendimento integral à criança e ao adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
Reconhecendo a vulnerabilidade do grupo jovem, de 15 a 24 anos de idade, às repercussões sobre o processo saúde-doença advindas das determinações socioeconômicas e políticas da Reforma do Estado, o Ministério da Saúde ampliou a especificidade no atendimento em saúde à faixa etária de 10 a 24 anos.
Para nortear ações, integradas às outras políticas sanitárias, ações e programas já existentes no SUS, frente aos desafios que a presente situação de saúde das pessoas jovens evidencia, o Ministério da Saúde propõe algumas novas DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E DE JOVENS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE, baseada na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, sensibilizando gestores para uma visão holística do ser humano e para uma abordagem sistêmica das necessidades dessa população.
É importante enfatizar que a sustentabilidade das estratégias de saúde ou de desenvolvimento comunitário ou até mesmo da Nação, dependerá , a médio e longo prazos, da formação de adolescentes e jovens com capacidade de liderança, de participação e espírito de serviço à coletividade.

Fazem parte dessas Diretrizes: - Temas Estruturantes para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e de Jovens, são eles:

● Participação Juvenil

● Equidade de Gêneros

● Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos

● Projeto de Vida

● Cultura de Paz

● Ética e cidadania

● Igualdade Racial e Étnica

Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Ações Programáticas – Diretrizes Nacionais para a Atenção integral à saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde – Brasília – MS, 2010 (Serie A. Normas e Manuais Técnicos).

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pais Presentes, mesmo na "ausência"

Um dos primeiros contatos de uma pessoa para com outra é o gestual.
Se você se aproxima do outro, sorrindo e fazendo gestos de paz, para acabar com o medo do outro, este verá que você é pacífico. O contato poderá acontecer então, calmamente. No entanto, se um dos dois tiver mais medo do que o necessário, qualquer movimento brusco poderá aumentar este medo e, conseqüentemente, provocar uma atitude de defesa do outro, que farão crescer, pelo medo mostrado, o armamento das duas partes.
Quando temos medo do outro, inevitavelmente nos armamos. Se estamos armados porque precisamos nos defender, geramos no outro a necessidade de se armar, e a arma gera arma. O mais incrível é que o medo resulta de nossas projeções, de nossas fantasias internas e pode provocar as mais diferentes lutas.
Quando um individuo nasce, não sabe quem é, e só se descobre na relação com o outro. E são os pais que mostram inicialmente a realidade do mundo para a criança: ela sabe quem realmente é em função dos espelhos dos pais.
Nós somos a conseqüência dos espelhamentos adquiridos na relação com nossos pais. A relação eu-outro é essencial para o nosso conhecimento e nossa existência.
Se eu tiver uma relação saudável com quem me espelha, se eu perceber que o outro é parte do mesmo todo – e não um ser competitivo e ameaçador – vou interiorizar imagens boas na minha mente e terei menos medo do outro.
Muitos pais não se empenham em educar seus filhos, mas sim mostram aos outros que eles são bem educados. Para muitas pessoas, educação significa criar filhos obedientes, submissos, social e politicamente corretos, por exemplo: os pais tem medo de ter filhos homossexuais, eles não estão preocupados com a felicidade futura de seu filho, mas com os prováveis comentários dos outros sobre seu fracasso como pai.
Esses medos também podem ser transmitidos verbalmente, ou por atitudes inadequadas.
É necessário que os pais estejam presentes nas relações com seus filhos, lembrando, presente não significa morar junto, já que hoje estamos vivendo um momento onde há muitas separações de casais, ele terá a chance de revelar o desconhecido para seus filhos. Pois, determinadas regras e normas que se criam na família e na sociedade, em vez de favorecer a afetividade, estimulam o medo do julgamento dos outros.

Fonte: Botura Junior, Wimer - A Paternidade faz a diferença – 4ª edição – São Paulo: República Literária, 1999.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A ADOLESCÊNCIA "problema".

Existe uma frase de Garcia Márquez que diz: “é quase impossível não nos transformarmos no que os outros pensam de nós”.

Com esta frase hoje inicio minha postagem para refletirmos sobre o conceito de “aborrecente”, que se originou pelo fato de que as pessoas vêem os adolescentes como sinônimo de rebeldes, irresponsáveis, descompromissados e inconseqüentes.

Quando crianças os pais se inquietam com pensamentos como: “como será quando ele(a) chegar na adolescência”; e ainda ouvimos “ prepare-se, imagine quando chegar aquela fase”. Vemos que a construção dessas idéias não são saudáveis em relação à adolescência .

E por outro lado os jovens se justificam diante da expressão “tem paciência comigo, afinal estou naquela fase”.

Sabemos que os adolescentes são comumente rotulados pelos pais e pela sociedade, o que nem sempre corresponde a realidade.

O que deveria ser levado em consideração é o entendimento de uma clara vulnerabilidade do adolescente aos “comportamentos de risco”,

Fala-se mais sobre os riscos do que sobre os fatores de proteção e resiliência (competição com a adversidade).

Dizer que o adolescência é uma faixa etária de risco , talvez seja o maior fator de risco que existe.

Os profissionais que trabalham em atenção integral a saúde do adolescente tem um grande desafio que é desfazer esse conceito que associa o adolescente aos problemas e preocupações e de que ser jovem representa riscos de ter ou ser problema.

Hoje em saúde integral do adolescente deve-se falar em fatores de proteção e de resiliência. Auto estima, plano e perspectiva de vida, percepção de talentos, criatividade, juízo critico.

A reflexão e a pratica dos fatores de resiliência por parte, principalmente, dos profissionais de Saúde e de Educação contribuem para uma competição saudável contra a adversidade que envolve alguns de nossos jovens.

Os adolescentes esperam um olhar que possa situá-los numa história singular e única que os retire, antes de tudo, dos rótulos e estigmas que muitas vezes os aprisionam....

Pesquisa: Adolescência e Saúde III - SES - 2008
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Cristina Constâncio  Psicóloga

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Padrões de Beleza.


iii
Vídeo que mostra o que a mídia passa sobre conceito de beleza, vejam e reflitam e multipliquem.
O perigo é grande demais, para ficarmos parados.

Fonte: Youtube.com

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domingo, 5 de dezembro de 2010

Dica de Dinâmica de Grupo

As oficinas sem temas pré-definidos devem iniciar com o conhecimentos do grupo, tendo como objetivos: Contato inicial, conhecer as caracteristicas do grupo como idades, escolaridades, se a procura foi espontânea ou não, etc...

Dica de Dinâmica de Grupo:
  • Balão Colorido - Distribuir bexiga e um pedaço de papel em branco. Cada participante deverá escrever no papel o seu nome e uma característica que gostaria de apresentar ao grupo e que será colocado dentro da bexiga. Encher de ar e fechar. Ao som de música, os adolescentes deverão jogar as bexigas sem deixar cair no chão. Ao sinal do orientador, todos os adolescentes deverão pegar uma bexiga. Esta será estourada, pegando o seu conteúdo. Pede-se um voluntário para iniciar as apresentações através da leitura do que está escrito no seu papel. A pessoa assim apresentada fará o mesmo com o seu papel.
  • Comentários - Alternativa: colocar uma gravura cortada ao meio. Após estourar a bexiga, cada adolescente deverá procurar a outra metade correspondente. Cada um apresentará o colega ao grupo, após breve contato entre eles. Pode-se usar preservativo ao invés da bexiga.
  • Ao final da dinâmica o grupo estará mais envolvido, mais desinibido e mais unido.
  • Está dinâmica pode ser feita com um grupo iniciante.
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sábado, 4 de dezembro de 2010

Oficinas para Adolescentes

As oficinas para adolescentes podem ter temas e objetivos específicos, como:
  • Sexualidade - Promover o aprendizado da anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino; das influências das diferentes culturas, religiões e mídia e das diferenças em cada gênero. Debater crenças e tabus acerca da virgindade e os estereótipos de papéis sexuais.Discutir as funções da sexualidade e as formas como são expressas.
  • Gravidez / Métodos de anticoncepção - Facilitar o aprendizado da anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino. Promover debates sobre gravidez desejada e indesejada, parto e puerpério. Propiciar percepção de fatores envolvidos para a ocorrência de gravidez indesejada. Discutir métodos anticoncepção, indicações e contra indicações.
  • Doenças sexualmente transmissíveis - DST/AIDS - Discutir as principais doenças sexualmente transmissíveis, manifestações, formas de contágio e prevenções. Promover percepções de riscos e noções de vunerabilidade.
  • Corpo/Mídia - Discutir noções de anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino. Propiciar discussões sobre o que é corpo ideal e as influências da mídia. Debates sobre alimentações e exercícios.
  • Familia - Facilitar debates sobre família, tipos de famílias e fatores que influenciam a dinâmica familiar. Promover discussões acerca de fatores histórico-culturais relacionados à família.
  • Violência e estrupo - Propiciar ambientes favorável para debater sobre violência, tipos, influências e cultura, religião e do nível sócio-econômico. Promover discussões sobre limite e respeito e como se defender do abuso.
  • Drogas - Discutir tipos de drogas e fatores que influenciam o seu uso. Promover vivências para percepções de vunerabilidade e limites.
  • Futuro e profissões - Promover discussões sobre valores, objetivos na vida, a profissão desejada e a profissão possível. Propiciar dados para atingir metas desejadas.
Os grupos podem ter esses objetivos específicos ou outros conforme a clientela e a problemática.
O número de adolescentes participantes do grupo pode variar conforme a demanda do serviço. Paralelamente pode desenvolver-se grupos com os familiares que acompanham os adolescentes.

Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde Integral do Adolescente - SES

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dinâmica de Grupo



Adolescentes freqüentemente têm explosões emocionais. É comum relatarem que certas ações foram resultados de terem “perdido a cabeça”. Essas explosões são seqüestros neuronais, respostas de uma “urgência” do cérebro emocional, que resultam em ações e que acontecem antes do racional ser acionado.
É recomendável, programas educativos usando técnicas de oficina, com dinâmica de grupo, troca de vivencias e discussões, para assim promover a construção do conhecimento a partir das informações prévias sobre o tema, seus valores, tabus e preconceitos.
Propiciar um espaço privilegiado, protegido, onde os adolescentes possam ampliar a percepção da sua realidade, discutir, trocar opiniões com seus pares e facilitar experimentação de atitudes sob supervisão de profissionais.
●Perceber sentimentos suscitados.
●Facilitar iniciativas e experimentar mudanças de atitudes.
●Promover a percepção de si, do seu grupo social e da rede de apoio.
●Facilitar a percepção da auto estima.
●Promover a compreensão do direito de escolha; quais as pressões envolvidas; o que ou quem dificulta ou facilita a tomada de decisão.
●Favorecer a percepção de adolescentes “de risco”, programando estratégias de intervenções especificas (medidas médicas, psicoterapêuticas, de proteção social ou jurídica).

Fonte Adolescência e Saúde III – Comissão de Saúde Integral do Adolescente – SES.
Imagens: Google Imagens

PARCERIA SEMPRE
Cristina Constâncio - Psicóloga

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SER ADOLESCENTE

Ser Adolescente

Ter capacidade de criar uma linguagem própria

Embora não saiba corretamente o português;

Querer tudo rápido e de uma vez,

Embora não tenha pressa em fazer suas tarefas

Porque o ócio é mais importante;

Achar que estar contra o mundo

É a melhor forma de consertá-lo;

Não pensar nunca no futuro

Pois este ainda não se tornou presente;

Dizer tolices

E depois achar graça delas...

Ser adolescente também é...

Estar sempre disposto

A fazer qualquer coisa para os amigos;

Amar de forma intensa e irracional

Mas terminar um namoro por motivo banal;

É desejar viver tudo em um segundo,

Embora tenha todo o tempo do mundo.

Ser adolescente é tudo isso e muito mais...

De: Edmar Guedes Corrêa

Parceria Sempre

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Exploração Sexual

A exploração sexual é o meio pelo qual o indivíduo obtém lucro financeiro por conta da prostituição de outra pessoa, seja em troca de favores sexuais, incentivo à prostituição, turismo sexual.
A exploração sexual de crianças e adolescentes é crime em quase todos os países do mundo.
No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes é crime previsto no artigo 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Quem cometer o crime está sujeito a pena de 4 a 10 anos de reclusão, além da multa,muitos pedofilios arranjam suas vítimas pela internet se fazendo ser uma criança. o crime de abuso sexual se chama crime de pedofilia.

Aspectos Psico - sociais
O abuso e a exploração sexual são crimes graves, que deixam marcas profundas nos corpos das vítimas, como lesões, contágio por doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce. Mais do que isso, a violência sexual prejudica profundamente o desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes, gerando problemas como estresse, depressão e baixa auto estima. É dever da família, do Estado e de toda a sociedade protegê-los.
As crianças e adolescentes “avisam” de diversas maneiras, quase sempre não verbais, as situações de maus tratos e de abuso sexual.
Veja abaixo alguns indicadores na conduta da criança/adolescente que sofreu abuso sexual:

Sinais corporais:
-  Enfermidades psicossomáticas, que são uma série de problemas de saúde sem aparente causa clínica, como dores de cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas que têm, na realidade, fundo psicológico e emocional.
- Doenças sexualmente transmissíveis, diagnosticadas em coceira na área genital, infecções urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas e cólicas intestinais.
- Dificuldade de engolir devido à inflamação causada por gonorréia na garganta ou reflexo de engasgo hiperativo e vômitos (por sexo oral).
- Dor, inchaço, lesão ou sangramento nas áreas da vagina ou ânus a ponto de causar, inclusive, dificuldade de caminhar e sentar.
- Ganho ou perda de peso, visando afetar a atratividade do agressor.
- Traumatismo físico ou lesões corporais, por uso de violência física.

Sinais comportamentais:
- Medo ou pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de desagrado quando é deixado sozinho em algum lugar com alguém.
- Medo do escuro ou de lugares fechados.
- Mudanças extremas súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações no humor entre retraída e extrovertida.
- Mal estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade.
- Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente, enurese (xixi na cama) e chupar dedos.
- Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica. Fraco controle de impulsos e comportamento autodestrutivo ou suicida.
- Baixo nível de auto-estima e excessiva preocupação em agradar os outros.
- Vergonha excessiva, inclusive de mudar de roupa na frente de outras pessoas.
- Culpa e autoflagelação.
- Ansiedade generalizada, comportamento tenso, sempre em estado de alerta, fadiga.
- Comportamento disruptivo, agressivo, raivoso, principalmente dirigido contra irmãos e um dos pais não incestuoso.
- Alguns podem apresentar transtornos dissociativos na forma de personalidade múltipla.

Sexualidade
- Interesse ou conhecimento súbitos e não usuais sobre questões sexuais.
- Expressão de afeto sensualizada ou mesmo certo grau de provocação erótica, inapropriado para uma criança.
- Desenvolvimento de brincadeiras sexuais persistentes com amigos, animais e brinquedos.
- Masturbar-se compulsivamente
- Relato de avanços sexuais por parentes, responsáveis e outros adultos.
- Desenhar órgãos genitais com detalhes além de sua capacidade etária.

Hábitos, cuidados corporais e higiênicos
- Abandono de comportamento infantil, de laços afetivos, de antigos hábitos lúdicos, de fantasias, ainda que temporariamente.
- Mudança de hábito alimentar – perda de apetite (anorexia) ou excesso de alimentação (obesidade).
- Padrão de sono perturbado por pesadelos freqüentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso.
- Aparência descuidada e suja pela relutância em trocar de roupa.
- Resistência em participar de atividades físicas.
- Freqüentes fugas de casa
- Práticas de delitos
- Envolvimento em prostituição infanto-juvenil
- Uso e abuso de substâncias como álcool, drogas lícitas e ilícitas.

Relacionamento social
- Tendência ao isolamento social com poucas relações com colegas e companheiros.
- Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e exclusão dos demais.
- Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta
- Fuga de contato físico
O surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros bens que estão além das possibilidades financeiras da crianças/adolescente e da família pode ser indicador de favorecimento e/ou aliciamento.

Fonte: Guia Escolar – Rede de Proteção à Infância – Métodos para identificação de sianis de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes – Ministério da Educação, 2004

PARCERIA SEMPRE
Cristina Constâncio - Psicóloga

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bulimia

Conheça comportamentos que podem indicar a presença da doença, predominante em mulheres jovens
Comer em excesso e provocar vômitos para eliminar a culpa por ter comido é uma doença conhecida como bulimia. Caracterizado por um comportamento compulsivo e doentio em relação à comida, esse transtorno alimentar é mais comum em mulheres jovens, e pode até matar se não for identificado e tratado adequadamente.
A Associação Nacional de Distúrbios Alimentares (NEDA), dos Estados Unidos, elaborou uma cartilha com informações e orientações sobre a doença, e dicas úteis para quem tem ou convive com o problema. O Delas selecionou 15 sinais de alerta que podem ajudar a identificar a bulimia. Como em toda doença, a presença de indícios não significa que a pessoa tem o problema, o diagnóstico deve ser feito por um especialista. Se perceber algum dos comportamentos listados em alguém próximo de você, procure orientação sobre como ajudar conversando com um médico ou um psicólogo.

Preste atenção em:

1 – Comportamentos e atitudes que indicam preocupação excessiva com perder peso, fazer dieta ou controlar a quantidade de comida ingerida

2 – Desaparecimentos inexplicáveis de grandes quantidades de comida da despensa em períodos muito curtos de tempo

3 – Grandes quantidades de embalagens de alimentos vazias (elas podem ser um indicativo do consumo compulsivo de grandes quantias de comida)

4 – Visitas frequentes ao banheiro ao longo ou depois das refeições

5 – Dentes manchados ou amarelados e hálito de vômito constante

6 – Cartelas ou embalagens vazias de laxantes e diuréticos no lixo do banheiro ou da cozinha (são indícios de comportamento purgatório)

7 – Sensação clara de desconforto ao comer na frente de outras pessoas

8 – Rituais relacionados à comida ou à alimentação (comer apenas um alimento ou um grupo específico de alimentos, mastigar excessivamente a comida ou evitar que o alimento toque os lábios ao ser colocado na boca)

9 – Ingestão de porções muito pequenas de comida nas grandes refeições do dia (como o almoço) ou na pulada muito freqüente de refeições

10 – Atitudes bizarras em relação à comida (sem motivo algum, roubar ou esconder alimentos em lugares estranhos da casa ou do quarto)

12 – Uso exagerado de enxaguatórios bucais, pastilhas e chicletes de menta (eles ajudam a mascarar o hálito de vômito)

13 – Uso constante de roupas folgadas, que escondam os contornos do corpo

14 – Dedicação incansável a regimes de exercícios intensos e rígidos demais, mantidos independentemente do clima, do cansaço ou de alguma doença ou lesão muscular

15 – Calos nas costas das mãos ou nas juntas dos dedos (são uma espécie de cicatriz da repetição frequente do ato de provocar o vômito colocando os dedos na garganta).

Fonte: http://delas.ig.com.br – Texto: Leoleli Camargo, iG São Paulo

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Cristina Constâncio

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Agressividade entre adolescentes

Nos dias de hoje a agressividade entre os adolescentes está fugindo ao controle de todos, até dos proprios adolescentes.
Quando estão em momentos de lazer, escolas e algumas vezes no próprio lar, sendo vitimas e vitimando pessoas.
A sociedade gera uma cultura de desafios para o adolescente em relação ao mundo adulto. Se a sociedade que impõe esses desafios e riscos não gera uma rede de proteção, estímulos e perspectivas, os adolescentes se sentirão abandonados e as famílias sozinhas não poderão enfrentar as situações de conflitos. Os adolescentes são vítimas e não culpados pelo mundo em que vivem. Eles podem ter uma grande força de mudança. Para isso é preciso gerar uma cultura de acolhimento e participação. Se os adolescentes têm tendência grupal e gostam de viver em grupo, cabe à sociedade, ao país, estimular serviços, leis, espaços que possam acolher, atender e promover a participação dos adolescentes ( Dra Albertina Duarte Takiuti).
Os adolescentes tem problemas de origem emocional, de relacionamento com a família, sexualidade, gravidez e drogas. Um dos espaços que todo município deveria criar é “A Casa do Adolescente” que pode oferecer atendimento às necessidades. Devendo ter uma equipe multiprofissional com psicólogos, dentistas, médicos clínicos, ginecologistas, urologistas, médicos de família, nutricionistas. A Casa deve fazer atendimentos individuais e trabalhos em grupos com os adolescentes, como oficina dos sentimentos, grupos de família, oficina de nutrição, teatro, dança, artesanato entre outras. Podendo oferecer um espaço à noite para que os adolescentes possam ser atendidos fora dos horários de trabalho ou escola. Incentivando trabalhos com a família, grupos de mães e pais adolescentes, distribuição gratuita de anticoncepcionais, remédios e vacinas. Tudo deve ser gratuito: do atendimento aos remédios e vacinas.
Sendo o primordial sempre o primeiro acolhimento, do qual o adolescente deve se sentir protegido, amparado e principalmente à vontade para ser ele mesmo.

No link abaixo, veja agressão ocorrida a jovem, seja  pelo motivo que for, isto precisa ser contido com urgência.
 http://www.youtube.com/watch?v=08XIxZxLeXI

Fontes: Entrevista da Dra Albertina Duarte Takiuti em um quadro do Fantástico - Liga das Mulheres.
http://fantastico.globo.com/platb/ligadasmulheres/tag/casa-do-adolescente
Youtube.com

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Cristina Constâncio - Psicóloga

sábado, 20 de novembro de 2010

Grávida aos 16

Hoje estava assistindo um programa na TV que chama "Grávida aos l6", relata a vivência de uma jovem americana que acabava de ter um bebê, a adolescente brigava o tempo todo com sua mãe e pedia socorro aos avós, que além de ajuda-la algumas vezes falavam mal da mãe, o avô saiu comprou um carro, pois ela tem muitas atividades como: ir a escola, fazer compras, levar a filha ao médico e o lazer e não poderia fazer tudo sem um carro ou então teria que pedir a ajuda da mãe o que ela não queria. A mãe por outro lado não aceitava a gravidez pela postura da filha que a agredia o tempo todo.
Percebemos que é uma realidade distante de muitos outros países, aqui no Brasil talvez possamos verificar algo proximo em classes sociais mais altas, mas no que se refere as classes menos privilegiadas, vemos adolescentes grávidas ou com filhos pequenos que muitas vezes deixam os estudos, não tem lazer e muito menos fazem compras.
No caso das classes sociais mais baixa vemos que as mães são mais amorosas, apesar das dificuldades em muitos casos, a união é maior contribuindo assim para a saúde emocional de todos. É claro que não em todos os casos, há aqueles também onde as adolescentes são expulsas de casa o que gera uma situação de vunerabilidade e riscos para a jovem e o bebê, quando ele não fica com a avó.

Este é um tema que abre muita discussão, sugiro que todos escrevam suas experiências e suas realidades.

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Cristina Constâncio - Psicóloga

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PATERNIDADE



A paternidade é um assunto renegado quando se aborda a gravidez na adolescência. O acompanhamento da mãe, pelo pai adolescente é pouco significativo, bem como os cuidados com o bebê na maior parte das vezes ficam aquém do desejado por ela.
Na maioria dos casos é a família materna que ajuda na manutenção e cuidados com o bebê. O homem ainda continua se eximindo da responsabilidade sobre os filhos que possa gerar, por mais que o pai interaja com o filho, quando ocorre qualquer interrupção no relacionamento o filho passará a ser responsabilidade da mãe.
A paternidade ainda é um fato não completamente assumido pelo grupo masculino, percebemos que a função paterna ainda se mostra distanciada dele. A gravidez continua sendo um símbolo de masculinidade, mas a paternidade continua como um fator a ser negociado socialmente pelo homem, ela não se resume ao ato da gravidez, e sim em também assumir integralmente o filho.
Já que é na mãe adolescente que surgirão as alterações biológicas e todos os cuidados que uma gravidez gera para o feminino, o distanciamento do futuro pai se mantêm, e as questões de gênero permanecem inalteradas, sendo a gravidez uma questão do feminino e não do masculino.
O adolescente masculino, ainda encontra-se no meio do caminho das suas emoções, ele sente insegurança em assumir a paternidade e ao mesmo tempo não se sente responsável, pois para ele houve apenas um ato sexual sem maiores conseqüências sociais.
As equipes de atendimento do adolescente devem acolher este jovem pai, desmascarando os mitos da sociedade e ajudando-o a se aproximar dos seus sentimentos e a aflorarem para uma masculinidade saudável e responsável.

PARCERIA SEMPRE

Cristina Constâncio - Psicóloga

Bibliografia: Comissão de Saúde do Adolescente, Adolescência e Saúde III, SES, 2008.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Seres masculinos II




Um homem é um ser humano do sexo masculino, animal bípede da ordem dos primatas pertencente à subespécie Homo sapiens sapiens. Menino é termo usual para uma criança humana do sexo masculino e os termos rapaz ou moço para um macho humano adolescente ou jovem adulto. O termo Homem, com inicial maiúscula, pode ser utilizado ainda para se referir ao ser humano de maneira geral, seja ele homem ou mulher, embora essa aplicação esteja sendo questionada por feministas, vemos que aqui existe uma prevalência masculina.
Para Hesíodo, Zeus modelou em argila Pandora, a primeira mulher, de cujo enlace com o deus Epimeteu nasceram o resto dos homens. Pandora torna-se depois responsável por todos os males da Humanidade ao abrir a Caixa de Pandora, onde apenas ficarão retidos os males que podem acabar com a Esperança, vemos aqui referência de culpa sobre a mulher.
Seguindo a tradição judaico-cristã, o homem (Adão) foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança a partir do pó da terra, e foi expulso do Paraíso como consequência do pecado original, depois que uma mulher Eva, comeu o fruto proibido, desobedecendo a Deus e escolher por si mesmo o que devia ser o bem e o mal, novamente culpa colocada na mulher.
● O símbolo de Marte (Unicode: ♂), o símbolo do planeta Marte e do deus Marte , deus da guerra, que simboliza a masculinidade, faz parte da mitologia romana, e é o equivalente a Ares na mitologia grega, também é o símbolo usado na biologia para o gênero masculino. É o símbolo usado na Alquimia para o ferro e é símbolo do sexo masculino é representando pelo símbolo que retrata. Este símbolo é interpretado como a lança e o escudo do deus da guerra Marte/Ares, o simbolo que representa o homem, faz referencia a força do ferro, metal forte e inquebrável e ainda a lança que é um símbolo falico, denotando poder sexual, e o escudo que faz proteger e ao mesmo tempo impelir.
Podemos notar que desde os primordios o homem é considerado superior em relação a mulher.
Mas será, ainda hoje, isto uma verdade?
Vamos ao nosso adolescente.
O adolescente passa por uma fase que conhecemos como “crise de identidade”, que por si só tem uma carga de fatores que alteram fisiologicamente e emocionalmente o jovem.
É nesta fase que o adolescente está desenvolvendo o seu crescimento fisiológico, amadurecimento mental e adquirindo/experimentado responsabilidade social. O jovem está passando por mudanças e escolhas, construindo uma identidade pessoal e social, procurando ser aceito e ao mesmo tempo querendo se esconder. Daí a identificação com pessoas, grupos e ideologias que se tornarão um refúgio, encontrando assim outros iguais, para assim dividir suas angústias e padronizar suas atitudes e ideiais, tendo assim a sensação de que ali estará protegido, pela uniformidade de hábitos, pensamentos e comportamentos.
Com o tempo atitudes são internalizadas, algumas são construidas e assim o adolescente começa a se ver como portador de uma identidade própria que está sendo construida.
Nesta fase deve-se ter um olhar criterioso ao adolescente masculino, pois é nestes grupos e pessoas das quais irá se associar que as escolhas poderão ser catastróficas, pois querendo agradar ao grupo pode partir a praticar atos que comprometeram drasticamente seu desenvolvimento e/ou futuro.
Vemos que historicamente o homem é visto como o mais forte, o que leva muitas vezes a ficar em segundo plano, por razões que na realidade não passam de uma questão social, mas que no plano mental e emocional não é verdadeiro, pois o ser masculino tem medos, angústias, desencontros e necessidades tão importantes e cruciais quanto a dos seres femininos.
No que se refere ao olhar, acolhimento e tratamento do adolescente masculino o profissional que o atende tem que encontrar meios de identificação, através de um vinculo de confiança, pois ele tem especificidades particulares, que o diferenciam das adolescentes femininas que já encontram mais abordagens de atendimento, até mesmo pelo fato de que elas ficam grávidas, denotando maior cuidado, o que não é incorreto, mas lembremos que junto dessa jovem haverá um jovem e que poderão formar um casal.
Tenho encontrado adolescentes masculinos, com muita fragilidade emocional, apesar de estar sempre tentando camuflar seus sentimentos. Hoje eles tem encontrado meninas mais ativas, mais senhoras de si, com auto estima elevada, que luta pelas seus direitos de igualdade, que trabalham e estudam, mostrando para eles que já não são o sexo forte soberanemente, existe sim adversárias, que eles teram que amar e conviver.
Podemos crer que o adolescente masculino está em igualdade de atenção, mas muitas vezes não encontramos essa igualdade nos serviços de atendimento encontrando uma sequela que precisa ser corrigida o mais rapido possivel.

Pesquisa: Wikipédia.

Bibiográfia: Erickson, E. H. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

Imagens: Google Imagens

Texto: Cristina Constâncio – Psicóloga

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"REPROVADOS - Uma brincadeira sem graça" - BULLYING



A dias atrás postei algumas matérias sobre Bullying, hoje encontrei este vídeo e não pude deixar de apresenta-lo, pois é uma inciativa que deve ser divulgada, compartilhada e reproduzida.

 Do dia 19 ao dia 23 de Julho, a VideoBase Filmes em parceria com a Fundação Educar, realizou o 2º "Curta e Aprenda", que é um projeto social criado através de uma iniciativa sem fins lucrativos,   com o objetivo de produzir um curta metragem, que neste ano, abordou o tema Bullying.

Iniciativas como está deveriam estar mais presentes na nossa sociedade, quando me deparo com este tipo de trabalho, quero crer que ainda há esperança de resgate na nossa cidadania através dos nossos jovens.

Quero parabenizar a VideoBase e a Fundação Educar DPaschoal.



Fonte: VideoBase e Fundação Educar no "Projeto Curta e Aprenda"
http://videobase.com.br/home/index.php
http://www.educardpaschoal.org.br/web/

PARCERIA SEMPRE
CRISTINA CONSTÂNCIO - PSICÓLOGA

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OLHARES - MÃE ADOLESCENTE

Em se falando de gravidez na adolescência, todos se preocupam com a mãe, com certeza este olhar é necessário, pois neste momento são dois focos, dois olhares, dois corpos em evolução, dois seres em desenvolvimento e mudanças.
A mãe adolescente se desejou o filho, tanto melhor para receber os cuidados, será mais receptiva e atenta as informações e orientações que receber e as colocará em pratica, assim sua saúde e a de seu filho estarão preservadas.
A mãe adolescente que não deseja seu filho, já não estará receptiva as orientações e informações que receber, colocando assim em risco sua saúde e de seu filho, o que em sua cabeça não fará diferença, pois ela não quer o bebê, o acolhimento dessa mãe deverá ser feito de forma criteriosa e sistemática, mas com muito amor e atenção, mais humanitário do que científico, com mais "colo" do que palavras, muitas mães que não querem seus bebês, não foram amadas, não receberam carinho e nesse momento se o profissional que atende-lá tiver esse feeling, com certeza terá sucesso, e poderá regastar sentimentos adormecidos e/ou inexistentes nessa adolescentes.
No atendimento dessa jovem pelo ginecologista é fundamental que este profissional tenha um olhar não somente na solução dos problemas ginecológicos, mas o que tem por tras das palavras dessa jovem e sempre relatar para toda a equipe de atendimento multi profissional.
Nos meus atendimentos tenho tido sucesso e um melhor vinculo com as adolescentes que são ouvidas e acolhidas de forma mais humanas, parece lugar comum falar isso, mas existem ainda muitos profissionais que não dirigem um olhar acolhedor a paciente, e com certeza ela virá ao atendimento de forma obrigatória o que não será produtivo nem para ela, nem para o bebê e muito menos para o profissional.
O momento do pré natal é muito importante por que a adolescente, muitas vezes, vai ao programa e/ou serviço somente para esta consulta neste momento os outros profissionais da equipe poderão estar na "sala de espera", "conquistando" essas jovens para participarem de outras oficinas e/ou grupos com atividades diversas.
Existem várias formas de conquistar as adolescentes mais é preciso identificar-se com esse público, pois assim ela sentirá no profissional um elo que faltava naquele momento de angústia, que poderá se tornar um momento de grande crescimento e amadurecimento do processo de identificação como mulher.

Cristina Constâncio - Psicóloga

PARCERIA SEMPRE

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A PATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA





A paternidade na adolescência tem sido um assunto renegado quando se aborda a gravidez na adolescência.
Felizmente os serviços que trabalham com adolescentes começam a despertar para a necessidade de maior atenção ao adolescente masculino.
A questão da paternidade na adolescência, são trazidas aos serviços pela mãe adolescente, que em sua fala refere a ausência da figura paterna, ou seja, o pai da criança simplesmente ignorava o filho, ou ainda nega que tal criança fosse sua.
Ser pai é um papel sócio-cultural como biológico, mas com uma diferença fundamental – os papéis biológicos e fisiológicos do sexo masculino são inalteráveis. Já os papéis sociais são dependentes da cultura na qual estamos inseridos, dependendo também da época histórica que vivemos.
O aspecto social atualmente vem sendo bastante modificado, e as concepções que se tinha sobre a paternidade vem sendo alteradas. A partir dos anos 90, no fim do século XX, a paternidade começou a ser encarada de maneira diferente da qual foi pensada ao longo de todo o século passado.
Ao pai cabia além da manutenção financeira da família, impor regras e limites. Apoiadas em supostas relações de força e de fragilidade, o pai era forçosamente ausente.
Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, este quadro masculino e feminino, começa a ser alterado e a colocar em xeque os valores até então tidos com exclusivamente masculinos ou femininos. A demonstração de afeto começa a fazer parte do universo masculino e a força de trabalho do universo feminino.
Quando, lá pelos anos 60, a pílula anticoncepcional, propiciou um controle maior da natalidade e colabora para liberar a sexualidade, sem a preocupação de se ter muitos filhos.
Porém, a pípula não modifica a questão da paternidade, pois cabe à mulher e não ao homem a sua ingestão.
E ainda, quando falamos no campo biológico, a gravidez para o masculino não se constitui em problemas; não é necessário o pré-natal, as mudanças no corpo, o cuidado com a alimentação; enfim, todos os cuidados que uma gravidez gera para o feminino. Desta maneira, o distanciamento do futuro pai se mantém, e as questões de gênero permanecem inalteradas, sendo a gravidez uma questão do feminino e não do masculino. A paternidade, portanto, não se constitui em uma função deste adolescente, ou em permanecer junto com a mãe, mas simplesmente em um resultado do ato sexual sem maiores consequências sociais.

É vital que se busque no pai adolescente não só um companheiro sexual da mulher, mas um companheiro que compartilhe das decisões e cuidados, um pai que possa amparar seu filho e o assuma de fato. Para que isto aconteça, precisamos, como profissionais da área da saúde, dar uma atenção maior ao masculino, abolir nosso próprio preconceito, desmascarar os mitos da sociedade e ajudar os adolescentes a se aproximarem dos seus sentimentos e aflorarem para uma masculinidade saudável e responsável.

Fonte: Adolescência e Saúde III – Comissão de Saúde Integral do Adolescente – SES - Texto de Elcio Nogueira e Joana Maria S. Kerr.
Imagem: Google Imagens

PARCERIA SEMPRE

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bullying casa, escola e sociedade

O FENÔMENO BULLYING COMEÇA EM CASA?

Muitas vezes o fenômeno começa em casa. Entretanto, para que os filhos possam ser mais empáticos e possam agir com respeito ao próximo, é necessário primeiro a revisão do que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço e se estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do seu tempo.

QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados. Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil.

COMO OS PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR AS VÍTIMAS DE BULLYING A SUPERAR O SOFRIMENTO?
A identificação precoce do bullying pelos responsáveis (pais e professores) é de suma importância. As crianças normalmente não relatam o sofrimento vivenciado na escola, por medo de represálias e por vergonha. A observação dos pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental, bem como o diálogo franco entre eles. Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos.
Outro aspecto de valor inestimável é a percepção do talento inato desses jovens. Os adultos devem sempre estimulá-los e procurar métodos eficazes para que essas habilidades possam resgatar sua autoestima, bem como construir sua identidade social na forma de uma cidadania plena.

QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?

O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.

Fonte: Cartilha 2010 - Projeto Justiça na Escola - 1ª Edição - Autora Ana Beatriz Barbosa Silva Psiquiatra.
 http://www.cnj.jus.br/

PARCERIA SEMPRE

Sinais de Bullying

COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?

As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes que elas freqüentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas freqüentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em Casa:
Freqüentemente se queixam de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças freqüentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.

O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM PRATICANTE DE BULLYING?

Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares. São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.

Fonte: Cartilha 2010 - Projeto Justiça na Escola - 1ª Edição - Autora Ana Beatriz Barbosa Silva Psiquiatra.
 http://www.cnj.jus.br/

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CIBERBULLYING

Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet etc.)

O CIBERBULLYING É PIOR DO QUE O BULLYING TRADICIONAL?


Uma das formas mais agressivas de bullying, que ganha cada vez mais espaços sem fronteiras é o ciberbullying ou bullying virtual. Os ataques ocorrem por meio de ferramentas tecnológicas como celulares, filmadoras, máquinas fotográficas, internet e seus recursos (e-mails, sites de relacionamentos, vídeos).
Além de a propagação das difamações ser praticamente instantânea o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é imensurável.
O ciberbullying extrapola, em muito, os muros das escolas e expõe a vítima ao escárnio público.
Os praticantes desse modo de perversidade também se valem do anonimato e, sem nenhum constrangimento, atingem a vítima da forma mais vil possível.
Traumas e conseqüências advindos do bullying virtual são dramáticos.

Fonte: Cartilha 2010 - Projeto Justiça na Escola - 1ª Edição - Autora Ana Beatriz Barbosa Silva - Psiquiatra.

Web: http://www.cnj.jus.br/

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bullying


Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

Fonte: Orson Camargo Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

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