terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Fenômeno Bullying II


O portador dessa síndrome possui necessidade de dominar, de subjugar e de impor sua autoridade sobre outrem, mediante coação; necessidade de aceitação e de pertencimento a um grupo; de auto-afirmação, de chamar a atenção para si. Possui ainda, a inabilidade de expressar seus sentimentos mais íntimos, de se colocar no lugar do outro e de perceber suas dores e sentimentos.

Esta Síndrome apresenta rica sintomatologia: irritabilidade, agressividade, impulsividade, intolerância, tensão, explosões emocionais, raiva reprimida, depressão, stress, sintomas psicossomáticos, alteração do humor, pensamentos suicidas. É oriunda do modelo educativo predominante introjetado pela criança na primeira infância. Sendo repetidamente exposta a estímulos agressivos, aversivos ao seu psiquismo, a criança os introjeta inconscientemente ao seu repertório comportamental e transforma-se posteriormente em uma dinâmica psíquica “mandante” de suas ações e reações. Dessa forma, se tornará predisposta a reproduzir a agressividade sofrida ou a reprimi-la, comprometendo, assim, seu processo de desenvolvimento social.

As conseqüências para as “vítimas” desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na auto-estima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.

Para os “agressores”, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta. Para os “espectadores”, que é a maioria dos alunos, estes podem sentir insegurança, ansiedade, medo e estresse, comprometendo o seu processo socioeducacional.

Fonte: http://www.psicologia.org.br/

PARCERIA SEMPRE

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O FENÔMENO BULLYING I

Na atualidade, um dos temas que vem despertando cada vez mais, o interesse de profissionais das áreas de educação e saúde, em todo o mundo, é sem dúvida, o do bullying escolar. Termo encontrado na literatura psicológica anglo-saxônica, que conceitua os comportamentos agressivos e anti-sociais, em estudos sobre o problema da violência escolar.
Sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente como “um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”. Insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying.
Estudiosos do comportamento bullying entre escolares identificam e classificam assim os tipos de papéis sociais desempenhados pelos seus protagonistas: “vítima típica”, como aquele que serve de bode expiatório para um grupo; “vítima provocadora”, como aquele que provoca determinadas reações contra as quais não possui habilidades para lidar; “vítima agressora”, como aquele que reproduz os maus-tratos sofridos; “agressor”, aquele que vitimiza os mais fracos; “espectador”, aquele que presencia os maus-tratos, porém não o sofre diretamente e nem o pratica, mas que se expõe e reage inconscientemente a sua estimulação psicossocial.
Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminado largamente nos últimos anos e que só recentemente vem sendo estudado em nosso país. Em todo o mundo, as taxas de prevalência de bullying, revelam que entre 5% a 35% dos alunos estão envolvidos no fenômeno. No Brasil, através de pesquisas que realizamos, inicialmente no interior do estado de São Paulo, em estabelecimentos de ensino públicos e privados, com um universo de 1.761 alunos, comprovamos que 49% dos alunos estavam envolvidos no fenômeno. Desses, 22% figuravam como “vítimas”; 15% como “agressores” e 12% como “vítimas-agressoras”.

Fonte: http://www.psicologia.org.br/

PARCERIA SEMPRE

sábado, 25 de dezembro de 2010

Adolescentes negros sim e brancos também


 
 
 
 
 
 
 
 
A lei n. 10.639/2003 torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira na educação básica e foi regulamentada por meio da Resolução n. 1, de 17 de junho de 2004, do Conselho Nacional de Educação, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Mas, ainda não temos uma cultura participativa, devemos sacudir a mesmice e confrontar as diversidades, isso traz diversos problemas na comunidade, mas se posicionada de maneira que se possa garantir que essas diversidades se estabeleçam de forma positiva, podemos crer que haverá grande avanço na cultura dessa comunidade, pois compreende-se que o conhecimento deve ser sempre construído e reconstruído. Sobretudo, coletivamente, valorizando os saberes e experiências individuais.
Com certeza se essa pratica for estabelecida teremos muito a ganhar em riqueza de cultura nas nossas crianças e adolescentes negros, estimulando auto estima através do resgate dessa cultura, mas devemos sempre lembrar que cultura da população negra não se resume somente escravagismo.
Lembrando que o ganho não será somente da população negra, pois no Brasil, em particular, existe uma integração de diferentes raças e etnias.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vítimas de violência

Recomendação do CNJ para depoimento especial colabora para a punição dos agressores

Prender o autor de violência sexual infantojuvenil é até hoje muito raro no Brasil, devido à dificuldade de obtenção de provas. Esse cenário deve começar a mudar com a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que os tribunais de todo o país adotem sistemas apropriados para colher o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência nos processos judiciais. A proposta aceita por unanimidade foi apresentada em 9 de novembro de 2010, pela Conselheira Morgana Richa na 116ª Sessão do CNJ. “Estatísticas revelam que a responsabilização do agressor tem grau de incidência maior com o depoimento especial, porque a técnica a ambientação são apropriadas, além de ser um procedimento mais cuidadoso na efetividade da prova”, afirma Morgana. Conheça a recomendação
O depoimento especial é uma forma de ouvir a criança de forma digna e num ambiente menos intimidatório. Deve ser realizado em uma sala adaptada com sistema de áudio e vídeo, brinquedos, livros, lápis e canetas coloridos para que a vítima ou a testemunha de violência sexual possa se sentir mais acolhida e segura, em um ambiente mais confortável, para contar a sua história. “Quando o depoimento é realizado nos mesmos moldes de um adulto, leva ao constrangimento, a criança rememora os fatos de uma tragédia violenta. Essa forma de escuta acolhedora traz a humanização no processo, tratando a criança na sua condição”, diz Morgana. Nos locais onde ainda não é realizado o depoimento especial, a vítima normalmente é obrigada a reviver o seu drama até oito vezes durante o processo judicial.
Na sala especial, há a presença de um técnico e uma equipe multidisciplinar para colher as declarações, enquanto juízes, promotores e advogados assistem ao depoimento de outra sala. O psicólogo ou outro profissional capacitado não substituirá a autoridade do juiz, mas funcionará como facilitador da coleta de provas. Existem casos especiais em que os próprios juízes fazem as perguntas, segundo Morgana. O profissional será facilitador da conversa com a criança para que o resultado seja o mais fiel possível.
Ao ouvir a criança, os profissionais também devem estar preparados para dar apoio, orientação e, encaminhar o menor para assistência psicológica, quando necessário. Como foi gravado, o procedimento colabora para que a criança não seja exposta várias vezes para contar a mesma história. “Assim se evita a revitimização e também que a criança passe por trauma ainda maior, com mais sequelas e outros desgastes desnecessários”, conclui a Conselheira.
O primeiro estado brasileiro a adotar o depoimento especial foi o Rio Grande do Sul, em 2003. A recomendação do CNJ tem o objetivo também de unificar a prática do depoimento especial, hoje realizada por alguns tribunais de São Paulo, Distrito Federal, Maranhão, Pernambuco e Espírito Santo. O procedimento pode ainda ser novidade no Brasil, mas já é amplamente adotado em países estrangeiros como: Inglaterra, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Canadá, Chile, Costa Rica e França. “No processo-crime é muito importante a produção de prova, por isso, o depoimento acolhedor é visto como um avanço, ao utilizar recursos tecnológicos de ponta, além da capacitação do profissional intermediador que torna a matéria mais ampla e tratada em profundidade interdisciplinar”, ressalta Morgana. Por enquanto, trata-se de uma recomendação do CNJ, os juízes que não quiserem não serão obrigados a utilizar este procedimento. “A expectativa, no entanto, é muito positiva de que em breve o texto se torne lei e a prática seja obrigatória”, comemora a Conselheira

Vamos divulgar para que realmente se torne Lei, apesar que está prática de um depoimento especial que eu chamo de humanizado, principalmente no caso de crianças e adolescentes vitimas de violência deveria ser adotada já, sem necessidade de espera.

Fonte: http://www.promenino.org.br/
          http://www.cnj.jus.br/


PARCERIA SEMPRE

domingo, 19 de dezembro de 2010

Adolescência e Puberdade

De todas as reflexões e estudos sobre infância e adolescência, se alguma coisa pode ser mais ou menos consensual é que, crescentemente, as crianças estão mais sozinhas ou mais na convivência com seus pares da rua do que no seio de suas famílias. O pai, a mãe, ou qualquer outra figura de ligação familiar está se tornando rarefeita.
Embora dentro de sua casa, mas distante do convívio doméstico e familiar, o adolescente ou a criança está solitariamente assistindo à tevê, na internet ou está fora de casa, em bandos perambulando pelas ruas, nos shoppings, nos lugares de lazer.
Por outro lado, parece razoável atenuar o peso atribuído à hegemonia da televisão, tendo em mente a redução das oportunidades de convivência e brincadeiras ao ar livre. Isso porque os espaços livres das ruas, antes utilizados pelas crianças e adolescentes para brincadeiras, já não estão mais disponíveis, estão intensamente habitados por carros, prédios, marginais, ladrões. A rua perdeu seu lugar de expressão coletiva dos jogos e das brincadeiras.
Há muitas tentativas de se definir adolescência, embora nem todas as sociedades possuam este conceito. Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas diferentes idades para definir este período. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente define esta fase como característica dos 13 aos 18 anos de idade.
A puberdade tem um aspecto biológico e universal, caracterizada que é pelas modificações visíveis, como por exemplo, o crescimento de pêlos pubianos, auxiliares ou torácicos, o aumento da massa corporal, desenvolvimento das mamas, evolução do pênis, menstruação, etc. Estas mudanças físicas costumam caracterizar a puberdade, que neste caso seria um ato biológico ou da natureza.
Crianças e adolescentes já não são mais os mesmos. Eles participam avidamente do mundo dos adultos e se transformam nos novos convidados da realidade orgástica do consumo e dos prazeres.
As crianças, tendo nascido no seio de uma família e considerados como "pertencendo" a esta família, encontram-se, paradoxalmente, cada vez mais solitários e à mercê de seus pares da rua, da escola e do apelo cultural para que se tornem, rapidamente, adultos esbeltos, ricos, formosos, na moda e plenamente sexualizados
Atualmente temos visto, cada vez mais precocemente, crianças que assumem o papel social de adolescentes e estes, por sua vez, cada vez mais precocemente, assumem o papel social de adultos. E dando asas à imaginação, parece, salvo melhor juízo, que essa adolescência precoce tem arrastado consigo a puberdade precoce, principalmente a feminina, com meninas de 9-10 anos menstruando e desenvolvendo seios.
Assim sendo, já não podemos explicar a adolescência apenas como sendo fruto da interferência do biológico humano (puberdade) no papel social da pessoa mas, muito pelo contrário, vamos acabar tendo que explicar a puberdade precoce de nossas crianças como sendo a interferência do panorama social no biológico humano.
Se vamos acreditar na interferência do social no biológico, na ação da adolescência sobre a puberdade, seremos obrigados a aceitar a interferência do comportamento dos adultos em relação aos adolescentes e à puberdade.
A dúvida, aberta a pesquisas, é saber até que ponto a expectativa e entusiasmo da mãe em ver sua filha se transformando em apresentadora ou astro de televisão, ser modelo ou vencedora de concursos de beleza resultarão numa puberdade precoce. A dúvida, também, é saber se essa amputação da adolescência normal não resultará em prejuízos vivenciais maiores do que os benefícios advindos da pretendida glória da filha no mundo dos adultos, sabe-se lá para satisfazer quais anseios maternos.


PARCERIA SEMPRE

sábado, 18 de dezembro de 2010

Por uma Infância Sem Racismo



Vamos compartilhar esta idéia

PARCERIA SEMPRE

UNICEF lança campanha Infância sem Racismo

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou a campanha Por uma Infância sem Racismo, que faz parte da celebração dos 60 anos de sua atuação no Brasil. De acordo com o blog da campanha “O UNICEF tem como missão colaborar com os governos dos países para que assegurem direitos iguais para cada criança e cada adolescente e considera que promover a equidade racial é de extrema importância para o desenvolvimento social e econômico das nações”.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2009, 54,5% das crianças brasileiras são negras ou indígenas. Dentre as 26 milhões de crianças que vivem em famílias pobres no País, 17 milhões são negras. Na educação, a desigualdade continua: das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, 330 mil são negras e 190 mil são brancas. Esses e outros números estão expostos na seção Estatísticas do blog http://www.infanciasemracismo.org.br/
O blog também lista dez formas de contribuir para uma infância sem racismo, entre elas: educar as crianças para o respeito à diferença, não classificar o outro pela cor da pele, mostrar que as diferenças são boas, proporcionar a convivência de crianças de diferentes raças e denunciar casos de racismo.
Os internautas também podem participar da campanha, relatando sua própria luta contra a discriminação racial. O relato será publicado no blog Por uma Infância sem Racismo e divulgado por meio do perfil do UNICEF no Twitter.
Em 2009, a Fundação Telefônica premiou, no Concurso Causos do ECA, uma bonita história sobre uma menina negra que denuncia a professora por discriminação. Escrito por Talitha de Melo e Silva Barbosa, de João Pessoa, na Paraíba, o causo mostra a diferença que fez a educação dada pela mãe, que desde muito cedo ensinou aos filhos os seus direitos. Para ler a história: http://www.promenino.org.br/
Toni Morrison, escritora norte-americana – a primeira mulher negra a vencer o Prêmio Nobel –, escreveu a história fictícia de Pecola, uma menina negra dos anos 1940 que sofria preconceito até mesmo de outras crianças negras, por ser a mais escura. Todas as noites, a menina rezava para ter olhos azuis. O livro, O Olho mais Azul, foi lançado no Brasil pela Companhia das Letras.
http://www.viablog.org.br/unicef-lanca-campanha-infancia-sem-racismo/

PARCERIA SEMPRE

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Política de Atendimento

O artigo 86 do ECA assim define a política de atendimento:

“A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”
Esta política se desdobra em quatro grandes linhas de ação, conforme o artigo 87. Linhas estas que – segundo nosso entendimento – podem ser assim representadas:




A implementação dos programas e ações em cada uma dessas quatro linhas de ação da política de atendimento é regida por um conjunto de seis diretrizes básicas, contidas no artigo 88 do ECA:
Podemos visualizar nessas seis diretrizes os princípios reitores da política de atendimento do ECA:
Princípio da Descentralização: municipalização do atendimento;
Princípio da Participação: criação de Conselhos;
Princípio da Focalização: criação e manutenção de programas específicos;
Princípio da Sustentação: manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais;
Princípio da Integração Operacional: atuação convergente e intercomplementar dos órgãos do Judiciário, Ministério Público, Segurança Pública e Assistência Social no atendimento ao adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional;
Princípio da Mobilização: desenvolvimento de estratégias de comunicação, visando a participação dos diversos segmentos da sociedade na promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil.
A Política de Atendimento, enquanto conjunto articulado de ações, pode ser vista de forma topográfica, dividida em quatro linhas de ação, que configuram quatro campos básicos de atenção à criança e ao adolescente: políticas sociais básicas, assistência social, proteção especial e garantia de direitos.
Esses quatro grandes territórios são regidos pelas diretrizes da política de atendimento, que nos dão os princípios estruturadores do sistema de proteção integral dos direitos da criança e do adolescente;
As medidas de proteção e sócio-educativas – nesse contexto – são as decisões dos conselhos tutelares e dos juízes da infância e da juventude aplicadas às crianças e adolescentes violados ou ameaçados de violação em seus direitos e aos adolescentes em conflito com a lei em razão do cometimento de ato infracional. Em ambos os casos, os programas e ações a serem desenvolvidos são programas e ações estruturados no marco da proteção especial.
Para terem execução eficaz, as medidas de proteção e as medidas sócio-educativas requerem sistemas de atendimento estruturados para sua correta aplicação. Esses sistemas de atendimento devem ser constituídos por redes locais de entidades de atendimento, cuja função é prover retaguarda para os Conselhos Tutelares e a Justiça da Infância e da Juventude.
As entidades de atendimento se distinguem umas das outras e, ao mesmo tempo, se integram à rede local pelo tipo ou tipos de regimes de atendimento por ela praticado(s) na implementação das medidas protetivas ou das medidas sócio-educativas estabelecidas no ECA. O regime de atendimento é, portanto, o elemento caracterizador da natureza de uma entidade de atendimento. Assim sendo, o regime de atendimento torna-se o critério básico da organização da estrutura e do funcionamento de uma unidade de atendimento, ou seja, o seu regimento, o conjunto de normas que preside sua estruturação e o seu funcionamento no dia-a-dia.


PARCERIA SEMPRE

Destinação de fundos para CMDCAs

Este refere-se ao Fundo Estadual, mas todos devem procurar em seus municípios, para destinarem aos Fundos Muncipais

Investir no futuro não custa nada, e digo mais É LUCRO.

PARCERIA SEMPRE

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PROJETO DE VIDA

O fortalecimento da identificação pessoal e cultural é um processo que envolve a construção do ser, o conhecer-se a si mesmo, o resgate de sua história de vida familiar e comunitária, assim como de suas raízes culturais e étnicas, o reconhecimento do outro, e a reflexão sobre seus valores pessoais. É também um processo que se dá em rede, nas interações pessoais no dialogo e nos conflitos. Há um momento, nesse processo, em que o adolescente se descobre autor de sua própria vida; começa a olhar para frente e perguntar-se como garantir um futuro melhor. Em outros termos, o jovem começa a pensar no que tem sido chamado de “projeto de vida”.
Pode-se afirmar que o projeto de vida nasce das interações entre o fortalecimento da identidade pessoal e da auto-estima, a consciência da responsabilidade pessoal para com a conquista de melhorias, e o vislumbre de oportunidades ou perspectivas de futuro. São dois planos imbricados e interdependentes: o mundo interno do adolescente, e as interações com o contexto de vida, incluindo as pessoas significativas que fazem parte de seu universo pessoal. É, inquestionavelmente, uma construção pessoal e única. Por outro lado, tudo o que este adolescente pensa, sabe, sente, sonha e faz é profundamente marcado por sua malha de relações e por suas condições sociais, econômicas e culturais.

Fonte: Ministério da Saúde – Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde.

PARCERIA SEMPRE

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Participação Juvenil

Adolescentes e jovens têm o desejo de ser escutados e a necessidade de serem reconhecidos em suas capacidades.
Considerados enquanto sujeitos plenos de direito, eles precisam ser vistos de modo concreto como cidadãos, capazes de posicionamento nos diversos níveis do cotidiano em que estão imersos. Um grande número de pessoas jovens tem ideal de transformar a sociedade em algo mais humano e justo, mas não tem idéia de como concretizá-la, nem recebe qualquer incentivo nesse sentido. O conceito de participação juvenil busca uma forma de ajudar adolescentes e jovens a construírem a sua autonomia, através de geração de espaços e situações propiciadoras da sua participação criativa, construtiva e solidaria na solução de problemas reais seja na escola, na comunidade e na vida social mais ampla.
Favorecer a participação juvenil é uma estratégia eficaz de promoção da saúde. Seus benefícios são vários. Primeiro, porque contribui para a auto-estima do adolescente e do jovem, a sua assertividade e a formulação de um projeto de vida. Esses aprendizados constituem-se em elementos-chave de qualquer estratégia de prevenção à violência, bem como ao abuso de drogas e na prevenção às DST/AIDS, nessa faixa etária.

Fonte: Ministério da Saúde - Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, 2010.

PARCERIA SEMPRE

domingo, 12 de dezembro de 2010

Atenção Integral à Saúde de Adolescentes

O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA trouxe o enfoque de proteção integral para as crianças e os adolescentes que, sem distinção de raça, cor ou classe social, são reconhecidos como sujeitos de direitos. O artigo 11 do ECA, reformulado pelo Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assegura o atendimento integral à criança e ao adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
Reconhecendo a vulnerabilidade do grupo jovem, de 15 a 24 anos de idade, às repercussões sobre o processo saúde-doença advindas das determinações socioeconômicas e políticas da Reforma do Estado, o Ministério da Saúde ampliou a especificidade no atendimento em saúde à faixa etária de 10 a 24 anos.
Para nortear ações, integradas às outras políticas sanitárias, ações e programas já existentes no SUS, frente aos desafios que a presente situação de saúde das pessoas jovens evidencia, o Ministério da Saúde propõe algumas novas DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E DE JOVENS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE, baseada na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, sensibilizando gestores para uma visão holística do ser humano e para uma abordagem sistêmica das necessidades dessa população.
É importante enfatizar que a sustentabilidade das estratégias de saúde ou de desenvolvimento comunitário ou até mesmo da Nação, dependerá , a médio e longo prazos, da formação de adolescentes e jovens com capacidade de liderança, de participação e espírito de serviço à coletividade.

Fazem parte dessas Diretrizes: - Temas Estruturantes para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e de Jovens, são eles:

● Participação Juvenil

● Equidade de Gêneros

● Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos

● Projeto de Vida

● Cultura de Paz

● Ética e cidadania

● Igualdade Racial e Étnica

Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Ações Programáticas – Diretrizes Nacionais para a Atenção integral à saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde – Brasília – MS, 2010 (Serie A. Normas e Manuais Técnicos).

PARCERIA SEMPRE

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pais Presentes, mesmo na "ausência"

Um dos primeiros contatos de uma pessoa para com outra é o gestual.
Se você se aproxima do outro, sorrindo e fazendo gestos de paz, para acabar com o medo do outro, este verá que você é pacífico. O contato poderá acontecer então, calmamente. No entanto, se um dos dois tiver mais medo do que o necessário, qualquer movimento brusco poderá aumentar este medo e, conseqüentemente, provocar uma atitude de defesa do outro, que farão crescer, pelo medo mostrado, o armamento das duas partes.
Quando temos medo do outro, inevitavelmente nos armamos. Se estamos armados porque precisamos nos defender, geramos no outro a necessidade de se armar, e a arma gera arma. O mais incrível é que o medo resulta de nossas projeções, de nossas fantasias internas e pode provocar as mais diferentes lutas.
Quando um individuo nasce, não sabe quem é, e só se descobre na relação com o outro. E são os pais que mostram inicialmente a realidade do mundo para a criança: ela sabe quem realmente é em função dos espelhos dos pais.
Nós somos a conseqüência dos espelhamentos adquiridos na relação com nossos pais. A relação eu-outro é essencial para o nosso conhecimento e nossa existência.
Se eu tiver uma relação saudável com quem me espelha, se eu perceber que o outro é parte do mesmo todo – e não um ser competitivo e ameaçador – vou interiorizar imagens boas na minha mente e terei menos medo do outro.
Muitos pais não se empenham em educar seus filhos, mas sim mostram aos outros que eles são bem educados. Para muitas pessoas, educação significa criar filhos obedientes, submissos, social e politicamente corretos, por exemplo: os pais tem medo de ter filhos homossexuais, eles não estão preocupados com a felicidade futura de seu filho, mas com os prováveis comentários dos outros sobre seu fracasso como pai.
Esses medos também podem ser transmitidos verbalmente, ou por atitudes inadequadas.
É necessário que os pais estejam presentes nas relações com seus filhos, lembrando, presente não significa morar junto, já que hoje estamos vivendo um momento onde há muitas separações de casais, ele terá a chance de revelar o desconhecido para seus filhos. Pois, determinadas regras e normas que se criam na família e na sociedade, em vez de favorecer a afetividade, estimulam o medo do julgamento dos outros.

Fonte: Botura Junior, Wimer - A Paternidade faz a diferença – 4ª edição – São Paulo: República Literária, 1999.

PARCERIA SEMPRE

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A ADOLESCÊNCIA "problema".

Existe uma frase de Garcia Márquez que diz: “é quase impossível não nos transformarmos no que os outros pensam de nós”.

Com esta frase hoje inicio minha postagem para refletirmos sobre o conceito de “aborrecente”, que se originou pelo fato de que as pessoas vêem os adolescentes como sinônimo de rebeldes, irresponsáveis, descompromissados e inconseqüentes.

Quando crianças os pais se inquietam com pensamentos como: “como será quando ele(a) chegar na adolescência”; e ainda ouvimos “ prepare-se, imagine quando chegar aquela fase”. Vemos que a construção dessas idéias não são saudáveis em relação à adolescência .

E por outro lado os jovens se justificam diante da expressão “tem paciência comigo, afinal estou naquela fase”.

Sabemos que os adolescentes são comumente rotulados pelos pais e pela sociedade, o que nem sempre corresponde a realidade.

O que deveria ser levado em consideração é o entendimento de uma clara vulnerabilidade do adolescente aos “comportamentos de risco”,

Fala-se mais sobre os riscos do que sobre os fatores de proteção e resiliência (competição com a adversidade).

Dizer que o adolescência é uma faixa etária de risco , talvez seja o maior fator de risco que existe.

Os profissionais que trabalham em atenção integral a saúde do adolescente tem um grande desafio que é desfazer esse conceito que associa o adolescente aos problemas e preocupações e de que ser jovem representa riscos de ter ou ser problema.

Hoje em saúde integral do adolescente deve-se falar em fatores de proteção e de resiliência. Auto estima, plano e perspectiva de vida, percepção de talentos, criatividade, juízo critico.

A reflexão e a pratica dos fatores de resiliência por parte, principalmente, dos profissionais de Saúde e de Educação contribuem para uma competição saudável contra a adversidade que envolve alguns de nossos jovens.

Os adolescentes esperam um olhar que possa situá-los numa história singular e única que os retire, antes de tudo, dos rótulos e estigmas que muitas vezes os aprisionam....

Pesquisa: Adolescência e Saúde III - SES - 2008
PARCERIA SEMPRE

Cristina Constâncio  Psicóloga

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Padrões de Beleza.


iii
Vídeo que mostra o que a mídia passa sobre conceito de beleza, vejam e reflitam e multipliquem.
O perigo é grande demais, para ficarmos parados.

Fonte: Youtube.com

PARCERIA SEMPRE 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Dica de Dinâmica de Grupo

As oficinas sem temas pré-definidos devem iniciar com o conhecimentos do grupo, tendo como objetivos: Contato inicial, conhecer as caracteristicas do grupo como idades, escolaridades, se a procura foi espontânea ou não, etc...

Dica de Dinâmica de Grupo:
  • Balão Colorido - Distribuir bexiga e um pedaço de papel em branco. Cada participante deverá escrever no papel o seu nome e uma característica que gostaria de apresentar ao grupo e que será colocado dentro da bexiga. Encher de ar e fechar. Ao som de música, os adolescentes deverão jogar as bexigas sem deixar cair no chão. Ao sinal do orientador, todos os adolescentes deverão pegar uma bexiga. Esta será estourada, pegando o seu conteúdo. Pede-se um voluntário para iniciar as apresentações através da leitura do que está escrito no seu papel. A pessoa assim apresentada fará o mesmo com o seu papel.
  • Comentários - Alternativa: colocar uma gravura cortada ao meio. Após estourar a bexiga, cada adolescente deverá procurar a outra metade correspondente. Cada um apresentará o colega ao grupo, após breve contato entre eles. Pode-se usar preservativo ao invés da bexiga.
  • Ao final da dinâmica o grupo estará mais envolvido, mais desinibido e mais unido.
  • Está dinâmica pode ser feita com um grupo iniciante.
PARCERIA SEMPRE
        

sábado, 4 de dezembro de 2010

Oficinas para Adolescentes

As oficinas para adolescentes podem ter temas e objetivos específicos, como:
  • Sexualidade - Promover o aprendizado da anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino; das influências das diferentes culturas, religiões e mídia e das diferenças em cada gênero. Debater crenças e tabus acerca da virgindade e os estereótipos de papéis sexuais.Discutir as funções da sexualidade e as formas como são expressas.
  • Gravidez / Métodos de anticoncepção - Facilitar o aprendizado da anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino. Promover debates sobre gravidez desejada e indesejada, parto e puerpério. Propiciar percepção de fatores envolvidos para a ocorrência de gravidez indesejada. Discutir métodos anticoncepção, indicações e contra indicações.
  • Doenças sexualmente transmissíveis - DST/AIDS - Discutir as principais doenças sexualmente transmissíveis, manifestações, formas de contágio e prevenções. Promover percepções de riscos e noções de vunerabilidade.
  • Corpo/Mídia - Discutir noções de anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino. Propiciar discussões sobre o que é corpo ideal e as influências da mídia. Debates sobre alimentações e exercícios.
  • Familia - Facilitar debates sobre família, tipos de famílias e fatores que influenciam a dinâmica familiar. Promover discussões acerca de fatores histórico-culturais relacionados à família.
  • Violência e estrupo - Propiciar ambientes favorável para debater sobre violência, tipos, influências e cultura, religião e do nível sócio-econômico. Promover discussões sobre limite e respeito e como se defender do abuso.
  • Drogas - Discutir tipos de drogas e fatores que influenciam o seu uso. Promover vivências para percepções de vunerabilidade e limites.
  • Futuro e profissões - Promover discussões sobre valores, objetivos na vida, a profissão desejada e a profissão possível. Propiciar dados para atingir metas desejadas.
Os grupos podem ter esses objetivos específicos ou outros conforme a clientela e a problemática.
O número de adolescentes participantes do grupo pode variar conforme a demanda do serviço. Paralelamente pode desenvolver-se grupos com os familiares que acompanham os adolescentes.

Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde Integral do Adolescente - SES

PARCERIA SEMPRE