terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Participação Juvenil

Adolescentes e jovens têm o desejo de ser escutados e a necessidade de serem reconhecidos em suas capacidades.
Considerados enquanto sujeitos plenos de direito, eles precisam ser vistos de modo concreto como cidadãos, capazes de posicionamento nos diversos níveis do cotidiano em que estão imersos. Um grande número de pessoas jovens tem ideal de transformar a sociedade em algo mais humano e justo, mas não tem idéia de como concretizá-la, nem recebe qualquer incentivo nesse sentido. O conceito de participação juvenil busca uma forma de ajudar adolescentes e jovens a construírem a sua autonomia, através de geração de espaços e situações propiciadoras da sua participação criativa, construtiva e solidaria na solução de problemas reais seja na escola, na comunidade e na vida social mais ampla.
Favorecer a participação juvenil é uma estratégia eficaz de promoção da saúde. Seus benefícios são vários. Primeiro, porque contribui para a auto-estima do adolescente e do jovem, a sua assertividade e a formulação de um projeto de vida. Esses aprendizados constituem-se em elementos-chave de qualquer estratégia de prevenção à violência, bem como ao abuso de drogas e na prevenção às DST/AIDS, nessa faixa etária.

Fonte: Ministério da Saúde - Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, 2010.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

Atenção Integral à Saúde de Adolescentes

O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA trouxe o enfoque de proteção integral para as crianças e os adolescentes que, sem distinção de raça, cor ou classe social, são reconhecidos como sujeitos de direitos. O artigo 11 do ECA, reformulado pelo Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assegura o atendimento integral à criança e ao adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
Reconhecendo a vulnerabilidade do grupo jovem, de 15 a 24 anos de idade, às repercussões sobre o processo saúde-doença advindas das determinações socioeconômicas e políticas da Reforma do Estado, o Ministério da Saúde ampliou a especificidade no atendimento em saúde à faixa etária de 10 a 24 anos.
Para nortear ações, integradas às outras políticas sanitárias, ações e programas já existentes no SUS, frente aos desafios que a presente situação de saúde das pessoas jovens evidencia, o Ministério da Saúde propõe algumas novas DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E DE JOVENS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE, baseada na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, sensibilizando gestores para uma visão holística do ser humano e para uma abordagem sistêmica das necessidades dessa população.
É importante enfatizar que a sustentabilidade das estratégias de saúde ou de desenvolvimento comunitário ou até mesmo da Nação, dependerá , a médio e longo prazos, da formação de adolescentes e jovens com capacidade de liderança, de participação e espírito de serviço à coletividade.

Fazem parte dessas Diretrizes: - Temas Estruturantes para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e de Jovens, são eles:

● Participação Juvenil

● Equidade de Gêneros

● Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos

● Projeto de Vida

● Cultura de Paz

● Ética e cidadania

● Igualdade Racial e Étnica

Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Ações Programáticas – Diretrizes Nacionais para a Atenção integral à saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde – Brasília – MS, 2010 (Serie A. Normas e Manuais Técnicos).

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pais Presentes, mesmo na "ausência"

Um dos primeiros contatos de uma pessoa para com outra é o gestual.
Se você se aproxima do outro, sorrindo e fazendo gestos de paz, para acabar com o medo do outro, este verá que você é pacífico. O contato poderá acontecer então, calmamente. No entanto, se um dos dois tiver mais medo do que o necessário, qualquer movimento brusco poderá aumentar este medo e, conseqüentemente, provocar uma atitude de defesa do outro, que farão crescer, pelo medo mostrado, o armamento das duas partes.
Quando temos medo do outro, inevitavelmente nos armamos. Se estamos armados porque precisamos nos defender, geramos no outro a necessidade de se armar, e a arma gera arma. O mais incrível é que o medo resulta de nossas projeções, de nossas fantasias internas e pode provocar as mais diferentes lutas.
Quando um individuo nasce, não sabe quem é, e só se descobre na relação com o outro. E são os pais que mostram inicialmente a realidade do mundo para a criança: ela sabe quem realmente é em função dos espelhos dos pais.
Nós somos a conseqüência dos espelhamentos adquiridos na relação com nossos pais. A relação eu-outro é essencial para o nosso conhecimento e nossa existência.
Se eu tiver uma relação saudável com quem me espelha, se eu perceber que o outro é parte do mesmo todo – e não um ser competitivo e ameaçador – vou interiorizar imagens boas na minha mente e terei menos medo do outro.
Muitos pais não se empenham em educar seus filhos, mas sim mostram aos outros que eles são bem educados. Para muitas pessoas, educação significa criar filhos obedientes, submissos, social e politicamente corretos, por exemplo: os pais tem medo de ter filhos homossexuais, eles não estão preocupados com a felicidade futura de seu filho, mas com os prováveis comentários dos outros sobre seu fracasso como pai.
Esses medos também podem ser transmitidos verbalmente, ou por atitudes inadequadas.
É necessário que os pais estejam presentes nas relações com seus filhos, lembrando, presente não significa morar junto, já que hoje estamos vivendo um momento onde há muitas separações de casais, ele terá a chance de revelar o desconhecido para seus filhos. Pois, determinadas regras e normas que se criam na família e na sociedade, em vez de favorecer a afetividade, estimulam o medo do julgamento dos outros.

Fonte: Botura Junior, Wimer - A Paternidade faz a diferença – 4ª edição – São Paulo: República Literária, 1999.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A ADOLESCÊNCIA "problema".

Existe uma frase de Garcia Márquez que diz: “é quase impossível não nos transformarmos no que os outros pensam de nós”.

Com esta frase hoje inicio minha postagem para refletirmos sobre o conceito de “aborrecente”, que se originou pelo fato de que as pessoas vêem os adolescentes como sinônimo de rebeldes, irresponsáveis, descompromissados e inconseqüentes.

Quando crianças os pais se inquietam com pensamentos como: “como será quando ele(a) chegar na adolescência”; e ainda ouvimos “ prepare-se, imagine quando chegar aquela fase”. Vemos que a construção dessas idéias não são saudáveis em relação à adolescência .

E por outro lado os jovens se justificam diante da expressão “tem paciência comigo, afinal estou naquela fase”.

Sabemos que os adolescentes são comumente rotulados pelos pais e pela sociedade, o que nem sempre corresponde a realidade.

O que deveria ser levado em consideração é o entendimento de uma clara vulnerabilidade do adolescente aos “comportamentos de risco”,

Fala-se mais sobre os riscos do que sobre os fatores de proteção e resiliência (competição com a adversidade).

Dizer que o adolescência é uma faixa etária de risco , talvez seja o maior fator de risco que existe.

Os profissionais que trabalham em atenção integral a saúde do adolescente tem um grande desafio que é desfazer esse conceito que associa o adolescente aos problemas e preocupações e de que ser jovem representa riscos de ter ou ser problema.

Hoje em saúde integral do adolescente deve-se falar em fatores de proteção e de resiliência. Auto estima, plano e perspectiva de vida, percepção de talentos, criatividade, juízo critico.

A reflexão e a pratica dos fatores de resiliência por parte, principalmente, dos profissionais de Saúde e de Educação contribuem para uma competição saudável contra a adversidade que envolve alguns de nossos jovens.

Os adolescentes esperam um olhar que possa situá-los numa história singular e única que os retire, antes de tudo, dos rótulos e estigmas que muitas vezes os aprisionam....

Pesquisa: Adolescência e Saúde III - SES - 2008
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Cristina Constâncio  Psicóloga

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Padrões de Beleza.


iii
Vídeo que mostra o que a mídia passa sobre conceito de beleza, vejam e reflitam e multipliquem.
O perigo é grande demais, para ficarmos parados.

Fonte: Youtube.com

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domingo, 5 de dezembro de 2010

Dica de Dinâmica de Grupo

As oficinas sem temas pré-definidos devem iniciar com o conhecimentos do grupo, tendo como objetivos: Contato inicial, conhecer as caracteristicas do grupo como idades, escolaridades, se a procura foi espontânea ou não, etc...

Dica de Dinâmica de Grupo:
  • Balão Colorido - Distribuir bexiga e um pedaço de papel em branco. Cada participante deverá escrever no papel o seu nome e uma característica que gostaria de apresentar ao grupo e que será colocado dentro da bexiga. Encher de ar e fechar. Ao som de música, os adolescentes deverão jogar as bexigas sem deixar cair no chão. Ao sinal do orientador, todos os adolescentes deverão pegar uma bexiga. Esta será estourada, pegando o seu conteúdo. Pede-se um voluntário para iniciar as apresentações através da leitura do que está escrito no seu papel. A pessoa assim apresentada fará o mesmo com o seu papel.
  • Comentários - Alternativa: colocar uma gravura cortada ao meio. Após estourar a bexiga, cada adolescente deverá procurar a outra metade correspondente. Cada um apresentará o colega ao grupo, após breve contato entre eles. Pode-se usar preservativo ao invés da bexiga.
  • Ao final da dinâmica o grupo estará mais envolvido, mais desinibido e mais unido.
  • Está dinâmica pode ser feita com um grupo iniciante.
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sábado, 4 de dezembro de 2010

Oficinas para Adolescentes

As oficinas para adolescentes podem ter temas e objetivos específicos, como:
  • Sexualidade - Promover o aprendizado da anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino; das influências das diferentes culturas, religiões e mídia e das diferenças em cada gênero. Debater crenças e tabus acerca da virgindade e os estereótipos de papéis sexuais.Discutir as funções da sexualidade e as formas como são expressas.
  • Gravidez / Métodos de anticoncepção - Facilitar o aprendizado da anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino. Promover debates sobre gravidez desejada e indesejada, parto e puerpério. Propiciar percepção de fatores envolvidos para a ocorrência de gravidez indesejada. Discutir métodos anticoncepção, indicações e contra indicações.
  • Doenças sexualmente transmissíveis - DST/AIDS - Discutir as principais doenças sexualmente transmissíveis, manifestações, formas de contágio e prevenções. Promover percepções de riscos e noções de vunerabilidade.
  • Corpo/Mídia - Discutir noções de anatomia e fisiologia reprodutivas do corpo feminino e do masculino. Propiciar discussões sobre o que é corpo ideal e as influências da mídia. Debates sobre alimentações e exercícios.
  • Familia - Facilitar debates sobre família, tipos de famílias e fatores que influenciam a dinâmica familiar. Promover discussões acerca de fatores histórico-culturais relacionados à família.
  • Violência e estrupo - Propiciar ambientes favorável para debater sobre violência, tipos, influências e cultura, religião e do nível sócio-econômico. Promover discussões sobre limite e respeito e como se defender do abuso.
  • Drogas - Discutir tipos de drogas e fatores que influenciam o seu uso. Promover vivências para percepções de vunerabilidade e limites.
  • Futuro e profissões - Promover discussões sobre valores, objetivos na vida, a profissão desejada e a profissão possível. Propiciar dados para atingir metas desejadas.
Os grupos podem ter esses objetivos específicos ou outros conforme a clientela e a problemática.
O número de adolescentes participantes do grupo pode variar conforme a demanda do serviço. Paralelamente pode desenvolver-se grupos com os familiares que acompanham os adolescentes.

Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde Integral do Adolescente - SES

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