quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cybercondria

Quando a busca na Internet pode demonstrar outros resultados...
Uma dor em alguma parte do corpo que persiste, a tonalidade da pele um pouco diferente do que de costume. Você abre o google, descreve os sintomas e vasculha a rede pelos sites de medicina à procura de doenças que manifestem esses sintomas. Pra uns pode ser um mero ato curioso, pra outros pode ser também sintoma da cybercondria
Cybercondria é um termo coloquial, mas já utilizado formalmente para descrever os indivíduos que navegam pela Internet à procura de informações sobre saúde ou cuidados médicos para si próprios ou para pessoas próximas. O termo vem das palavras “cyber” e “chondria”, do grego, que se refere a uma desordem obsessiva. Ela não se caracteriza como uma doença por si só, mas pode ser um dos fatores que leva à hipocondria, que é uma desordem somatoforme, ou seja, baseada na constante percepção de sintomas, que persistem, mas que não possuem causa médica identificada ou então por queixa exagerada, que não caracteriza o problema real.
A hipocondria se manifesta de diversas formas, mas é normalmente caracterizada pelo medo de que sintomas discretos possam indicar doenças sérias, constante auto-exame e auto-diagnóstico e preocupação contínua com o corpo. Normalmente, esta desordem está associada a algum outro distúrbio de fundo psicológico. Estatísticas mostram que de 1 a 5% da população mundial sofre de hipocondria e com a presença constante da Internet na vida diária, a cybercondria poderá agravar os seus sintomas ou até mesmo aumentar o número de hipocondríacos. Claro que, se informar a respeito do que se tem, lendo diversas fontes, não caracteriza nem a hipocondria nem a cybercondria, pelo contrário, se feito de forma saudável, além dos sintomas você poderá descobrir formas de melhorar sua saúde através de exercícios, alimentação, etc
O tratamento da hipocondria/cybercondria é feito através de mudanças tanto na saúde mental quanto na física. Algumas dicas podem ajudar:
Mantenha um diário descrevendo sintomas ou eventos que levem você à ansiedade ou situações de medo de doença. Isso pode lhe ajudar a enxergar melhor a linha tênue entre sintomas e eventos externos;
Tente restringir um limite de tempo sobre busca de informações médicas, leituras de livros do gênero ou auto-exame. Isso pode diminuir o medo de adoecer;
Mantenha um estilo de vida saudável: dormindo bem, com uma dieta balanceada e também tentando manter o alto astral. Isso ajuda a afastar a depressão e aumenta a socialização;
Pratique técnicas de relaxamento, tais como exercícios respiratórios, meditação e outros, pois ajudam a diminuir a ansiedade e também o efeito do stress;
Tente afastar seus medos com atividades que desviem sua atenção: hobbies, jogos de palavras cruzadas, caminhadas, exercícios mentais, etc;
Tente encontrar outras explicações para suas sensações físicas que levem em conta o stress ou mudanças rotineiras do próprio corpo;
Mude os seus maus-hábitos, um passo de cada vez.

E caso você se identifique com algum dos sintomas descritos sobre a caracterização da cybercondria, não precisa se assustar. É nesse momento que você pode usar a Internet como um estímulo pra ler um pouco mais e assim saber como procurar ajuda ou encontrar dicas que poderão realmente lhe ajudar. Mas para todos fica o recado: Navegue com moderação

Este tema é importante tanto para profissionais ou pacientes, em qualquer idade, mas profissionais fiquem atentos em relação aos adolescentes e jovens, pois muitos procuram também o "dr google", e lá encontram várias fórmulas para suas suspeitas de doenças e acabam se auto medicando ou usando essas informações de forma incorreta.

Fonte: http://www.dsc.ufcg.edu.br/

PARCERIA SEMPRE

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