No luto pela identidade infantil o adolescente não pode mais contar com a mesma receptividade que uma criança tem. Por exemplo, quando uma criança faz alguma peripécia, ela é tida como inocente, pois não sabe ainda muito bem o que faz; já o adolescente, tem uma maior ciência de seus atos, e é mais cobrado por conta disso, e não é mais tido como inocente (também por causa de seu corpo quase adulto)
No luto pela relação dos pais da infância diz-se que ocorre uma desmistificação dos pais. Na adolescência, o jovem descobre que seus pais não são super-heróis, e também não sabem tudo sobre a vida... eles podem também errar. Com isso o adolescente tem que superar o último de seus lutos.
Depois de ter perdido o corpo de criança, do qual já estava acostumado; ter perdido o status que lhe garantia a ausência de responsabilidade pelos próprios atos; agora perde também os "super-pais" da infância, os quais sempre sabiam tudo, e sempre os protegiam.
É assim que começa a "identificação adolescente". Posteriormente, sem as mesmas bases que definiam a identidade infantil, o adolescente procura grupos com os quais possam se identificar
Fonte(s):
Aberastury ; Tiba; Knobel;
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